4.2.13

A Relógio D'Água na Ler de Fevereiro de 2013



 

Na revista Ler de Fevereiro de 2013, José Riço Direitinho escreve sobre Dalton Trevisan a propósito da recente edição, pela Relógio D’Água, de O Vampiro de Curitiba, Novela nada Exemplares e do romance A Polaquinha: «Dalton Trevisan empresta a quase todas as histórias uma dimensão essencialmente sexual, de uma sexualidade febril, muitas vezes cheia de ambiguidades. Dito assim, o leitor poderá ser levado a pensar de imediato num outro contista brasileiro, Rubem Fonseca, mas é grande a diferença: em Trevisan tudo parece passar-se numa estranha dimensão oculta, é um atuar por detrás do cenário num mundo de desejos reprimidos, ações que têm lugar em espaços escuros e atávicos (abundam em todos os seus livros), espaços de traição, numa aparente fuga ao lícito, como em A Polaquinha (um exemplo entre dezenas de possibilidades).»


 

No mesmo número da revista, José Guardado Moreira escreve sobre Cartas a Nora, de James Joyce: «A exaltação sexual manifestada por escrito e exacerbada pela distância, pela suspeita, pelo ciúme, pela paixão e pelo desejo são bem expressas pelo escritor irlandês: “Nora, meu fiel amor, minha obscena colegial de olhos doces, sê a minha puta, a minha amante, o quanto desejares, serás sempre a minha bela flor silvestre das sebes, a minha flor azul-escura humdecida pela chuva.”»

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