José Gil acaba de receber o Prémio Vergílio Ferreira 2012, atribuído pela Universidade de Évora.
Filósofo e professor universitário, José Gil recebe este prémio devido à relevância do seu pensamento, «contributo singular para uma reflexão profunda sobre a identidade do Portugal contemporâneo».
A cerimónia de entrega decorre a 1 de Março, data da morte de Vergílio Ferreira, na Sala dos Actos da Universidade de Évora. Considerado pelo Le Nouvel Observateur como um dos 25 grandes pensadores do Mundo, José Gil é licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras de Paris, na Universidade da Sorbonne. Coordenou o Departamento de Psicanálise e Filosofia da Universidade de Paris VIII em 1973. Leccionou Estética e Filosofia Contemporânea na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, bem como no Colégio Internacional de Filosofia de Paris e na Universidade de São Paulo.
Em 2004 publicou Portugal, Hoje. O Medo de Existir, que se tornaria a sua obra mais conhecida. Publicou diversas obras na editora Relógio D’Água, a saber: A Crucificada; Fernando Pessoa ou a Metafísica das Sensações; Cemitério dos Desejos; Salazar: A Retórica da Invisibilidade; A Imagem-Nua e as Pequenas Percepções; Metamorfoses do Corpo; Diferença e Negação na Poesia de Fernando Pessoa; Movimento Total; A Profundidade e a Superfície; Sem Título; Monstros; O Imperceptível Devir da Imanência; Ao Meio-Dia os Pássaros; Em Busca da Identidade; O Devir-Eu de Fernando Pessoa; A Arte como Linguagem e O Humor e a Lógica dos Objectos de Duchamp (co-autoria de Ana Godinho).
O nome de José Gil foi reconhecido pelo júri, presidido pelo Prof. José Alberto Machado, da Universidade de Évora e composto pelo director do Departamento de Linguística e Literaturas da UE, Prof. Fernando Gomes, pelo Prof. José Augusto Bernardes, da Universidade de Coimbra, pelo Prof. Mário Avelar, da Universidade Aberta e pelo crítico literário Prof. Antonio Saéz Delgado.
O prémio Vergílio Ferreira foi criado em 1997 com o objectivo de homenagear o escritor que lhe dá o nome e premiar o conjunto da obra de escritores portugueses relevantes no âmbito da narrativa e do ensaio. Atribuído pela primeira vez a Maria Velho da Costa e, em 1998, a Maria Judite de Carvalho (a título póstumo); seguida de Mia Couto em 1999; Almeida Faria em 2000; Eduardo Lourenço em 2001; Óscar Lopes em 2002; Vítor Aguiar e Silva em 2003; Agustina Bessa-Luís em 2004; Manuel Gusmão em 2005; Fernando Guimarães em 2006; Vasco Graça Moura em 2007; Mário Cláudio em 2008; Mário de Carvalho em 2009; Luísa Dacosta em 2010; e Maria Alzira Seixo em 2011.
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