«Esta obra apresenta-nos algumas fadas. Uma delas é irrequieta, curiosa, pensadora e chama-se Twainy. As outras são: Clarice, Sílvia, a Menina-Fungo, Serpenteia. Twainy e Clarice são fadas em transformação, a primeira está em fase de pinóquio porque se afastou da sua comunidade, a segunda, devido à sua paixão por um humano, quer ela própria ser humana. Clarice é também a fada da poesia. (…)
Este texto, evocador de outros textos, como por exemplo Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll, permite a quem o lê o exercício da rememoração num acto de reconhecimento, ou seja, de voltar a conhecer.
A Chegada de Twainy coloca-nos, igualmente, perante um percurso de transformação do interior na sua relação com o exterior. Este percurso é feito num plano desierarquizado com fadas, animais, objectos, humanos e lugares. É um livro destinado a vários leitores e leituras, sobretudo é um livro com pensamento e ramificações para outras áreas do saber desde a história, geografia, filosofia e a literatura. Todas estas artes são evocadas para a concorrência de uma chegada, a de Twainy, que se constitui como um momento de partida e pressupõe novos inícios.»
[Excerto do texto de apresentação de Albertina Pena para A Chegada de Twainy, de Hélia Correia, com ilustrações de Rachel Caiano, no Espaço Llansol.]
Sem comentários:
Enviar um comentário