«Trabalhada ao longo de dez anos (1852-62), Cossacos é a obra-prima da juventude de Lev Tolstói. Tinha trinta e quatro anos quando a terminou.»
«Olénin [o protagonista] troca a boémia moscovita por uma comissão no Cáucaso, para onde vai em busca do mito de si mesmo. A pergunta "que importa que apenas cresçam as ervas?" ensombra-o. Apenas reconhece dignidade e beleza em coisas condenadas à extinção. Ele intui que a vida é um escorredouro em direcção ao desaparecimento e esquecimento.»
«Através de Olénin, Tolstói esculpe-se a si mesmo enquanto dimensão estética. O jovem militar em campanha no Cáucaso transforma-se, durante o processo de trabalho em Cossacos, num grande artista.»
Crítica de Rui Catalão, Público, 16 ABR
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