21.4.10

Centenário de Mark Twain



Samuel Langhorne Clemens nasceu em Florida, no Missouri, em Novembro de 1835. Mark Twain, o pseudónimo jornalístico e depois literário que escolheu, era a expressão usada nos barcos do Mississípi pelo homem que deitava a corda de prumo e gritava, quando a sonda assinalava só duas braças de fundo: Mark twain! (Marca duas!). Em 1839, a família deslocou-se para Hannibal. Em 1847, o pai, modesto comerciante, faleceu. Seis anos depois, Mark Twain abandonou Hannibal e viveu, sucessivamente, em St. Louis, Cincinatti, Filadélfia e Nova Iorque. Foi aprendiz de tipógrafo, piloto de barco a vapor, voluntário no exército e pesquisador de ouro no Nevada até se tornar jornalista. Em 1862 começou a publicar artigos no Enterprise de Virginia adoptando o pseudónimo por que ficaria conhecido. Em 1865 escreveu o conto «The Celebrated Jumping Frog of Calaveras County» que se tornou um êxito. Mas foi em 1869 quando – no regresso da sua primeira viagem ao Mediterrâneo, Egipto e Palestina – publicou The Innocents Abroad, que passou a ser um escritor conhecido, tendo o livro vendido 150 mil exemplares. No ano seguinte passou a dirigir o Express de Buffalo e casou-se com Olivia Langdon. O casal fixou-se em Connecticut onde Twain viveu durante dezassete anos como um reconhecido e mesmo popular romancista e humorista. Foi nessa época que escreveu as suas principais obras, entre as quais Roughing It, As Aventuras de Tom Sawyer, Life on Mississipi e a sua obra-prima As Aventuras de Huckleberry Finn, em parte baseada em experiências da sua própria juventude.




 A Relógio D'Água publicou As Aventuras de Huckleberry Finn, em tradução de Sara Serras Pereira. Este livro pode ser interpretado como uma simples história sobre as aventuras de um rapaz no Vale do Mississípi durante a segunda metade do século XIX. Mas a diversidade da experiência humana e as situações humorísticas e dilacerantes por que passa Huck fazem dele uma obra ímpar.
No meio dos mais diversos episódios a solidão faz com que Huck receie não fazer parte do mundo. Mas a solidão é-lhe necessária para sentir a liberdade ou pelo menos, usando a expressão de H. Bloom, «para não renunciar ao desejo de uma permanente imagem de liberdade».





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