“— Elyse — disse Tom.
A rapariga teve um pequeno sobressalto. Depois, os seus olhos ficaram muito frios.
— Então era você.
Ele esperou.
— Tinha a impressão de vê-lo de vez em quando, à saída da loja. Ou à saída do cinema.
Tom sorriu.
— A primeira vez foi à saída do teatro.
— Qual era a peça?
— Mary Rose.
— Mas isso foi há umas três semanas. Quer dizer…
— Há três semanas que a sigo.
Ela bebeu um pouco da bebida esverdeada.
— E não se aproximou…
Tom encolheu os ombros. Não lhe podia dizer que estava à espera de que o cabelo dela crescesse.
— Tinha muito tempo.
— Porquê eu?
— Porque me lembra alguém.
— Já ouvi isso antes.
— Desta vez é verdade. Você parece-se com a minha mulher.
— Ela morreu? — perguntou a rapariga friamente.
— Não. Mas não vivemos juntos.
— Também já ouvi isso antes.”
Como numa História de William Irish e outras obras de Ana Teresa Pereira estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/ana-teresa-pereira/
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