7.10.24

Sobre O Caminho da Cidade, de Natalia Ginzburg

 «“Quando acabei de escrever aquele romance, descobri que a haver nele alguma coisa de novo, nascia das relações de amor e ódio que me ligavam àquela terra; e nascia do ódio e do amor com que se haviam unido e misturado, nos personagens, as pessoas da aldeia e os meus familiares chegados, amigos e irmãos: e disse a mim mesma que não devia contar nada que me fosse indiferente ou estranho que nos meus personagens deviam sempre esconder-se pessoas vivas às quais estava ligada por vínculos estreitos.” Isto lê-se no prefácio, datado de 1964, de O Caminho da Cidade, o primeiro romance da escritora e ensaísta italiana Natalia Ginzburg (https://www.publico.pt/2023/03/24/culturaipsilon/critica/natalia-ginzburg-ouve-silencio-insecto-2043275), publicado em 1942 — em plena Segunda Guerra Mundial — com o pseudónimo Alessandra Tornimparte. Este primeiro romance tem já o tom e o estilo inconfundíveis que irão caracterizar a sua obra posterior.» [José Riço Direitinho, Saídas, ípsilon, 18/9/20: https://www.publico.pt/2024/09/18/culturaipsilon/noticia/saidas-2104567]


O Caminho da Cidade (tradução de Anna Alba Caruso) e outras obras de Natalia Ginzburg estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/natalia-ginzburg/

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