«Chamamos-lhe Vladimiro porque é um nome invulgar e ele, na verdade, era um indivíduo único. Essas mesmas pessoas que o achavam bizarro tentavam receber dele um olhar, uma palavra, ao que ele correspondia com muita parcimónia. Vestido com um certo desleixo comportava-se mais à vontade do que quando se vestia de forma mais apurada e, no fundo, era uma boa pessoa que apenas tinha o defeito de inventar e de atribuir a si próprio deficiências que não possuía. Era, sobretudo, mau para ele mesmo. É imperdoável, não acham?» [A Rosa, p. 9]
A Rosa (trad. Leopoldina Almeida) e outras obras de Robert Walser estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/robert-walser/
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