22.2.24

Sobre O Mundo de Ontem, de Stefan Zweig

 


«O retrato que resulta é o de uma espécie de mundo em suspensão, cristalizado num deslumbramento partilhado por grande parte da Europa: há quarenta anos que o continente vivia em paz; e isso possibilitara uma era de prosperidade e criatividade sem paralelo na história europeia dos últimos três séculos. Diz Stefan Zweig: “Por conseguinte, uma despreocupação maravilhosa difundia-se pelo mundo, pois o que poderia interromper essa ascensão, refrear esse ímpeto, que ia buscar novas forças à sua própria dinâmica? Nunca a Europa foi mais forte, mais rica, mais bela, nunca acreditou mais ardentemente num futuro ainda melhor; ninguém, exceto um par de velhos carcomidos, se lamentava como antes, recordando ‘os bons velhos tempos’.”

Por isso, diz Zweig, se, “refletindo com calma, nos perguntarmos por que motivo a Europa entrou em guerra em 1914, não encontramos um único pretexto, um único fundamento razoável”.» [António Mega Ferreira, O Deserto Ocidental]


O Mundo de Ontem (tradução de Ana Falcão Bastos) e outras obras de Stefan Zweig estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/stefan-zweig/

Em breve a Relógio D’Água publicará uma nova tradução, do alemão, de Vinte e Quatro Horas da Vida de Uma Mulher, por Gilda Lopes Encarnação.

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