1.4.23

Sobre Almas Mortas, de Nikolai Gógol

 



Almas Mortas é o grande romance de Nikolai Gógol, autor ucraniano que escreveu em russo.

A narrativa começa com a chegada de Tchítchikov a uma cidade provinciana da Rússia czarista, onde os servos estão presos à terra dos grandes proprietários. Divertido, astucioso, mundano, Tchítchikov seduz rapidamente os locais e cativa as mulheres com as suas boas maneiras, mas depressa se revela a estranheza das suas intenções ao serviço de um imaginativo negócio. Tchítchikov pretende comprar «almas mortas», isto é, servos já falecidos mas que ainda constam do recenseamento como vivos. A operação é facilitada pelo facto de os proprietários terem de pagar impostos pelos servos, incluindo os que morreram nos últimos anos.

Verdadeira comédia negra, o romance denuncia as fraquezas do Império Russo, a corrupção das elites e a miséria dos camponeses. Pelo livro desfilam personagens que vão desde a velha proprietária avarenta e alcoólica ou dos militares obcecados com o jogo até aos funcionários venais e às mulheres atentas às modas moscovitas.

A primeira parte da obra foi publicada em 1842 e provocou escândalo, o que levou Gógol a queimar os manuscritos do segundo tomo, de que só uma parte foi resgatada.


Almas Mortas (trad. Nailia Baldé) e outras obras de Nikolai Gógol estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/nikolai-gogol/

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