9.2.23

Sobre Crime e Casrtigo, de Fiódor Dostoievski

 



Raskólnikov, um estudante pobre e desesperado, vagueia pelos bairros degradados de São Petersburgo e comete um assassínio. A vítima é uma velha usurária. Raskólnikov imagina-se um grande homem, agindo por uma causa que está para além das convenções da lei moral e o coloca acima do comum dos mortais. O seu acto é praticado com uma mistura de sangue-frio e exaltado misticismo. Mas quando inicia um jogo do gato e do rato com um polícia, Raskólnikov é cada vez mais perseguido pela voz da sua consciência. Apenas Sónia, uma prostituta, lhe concede a possibilidade de redenção.

O crime de Raskólnikov foi inspirado no assassínio de duas mulheres, com um machado, ocorrido em 1865. Mas, pela mão de Dostoievski, transforma-se numa intensa narrativa, um protagonista desenraizado em busca de armação, uma obra em que confluem elementos psicológicos, sociais, éticos e filosóficos.

A obra foi inicialmente publicada por capítulos, em 1866, na revista O Mensageiro Russo.


«O problema de Dostoievski era apreender e tornar concretas as realidades da condição humana numa série de crises extremas e decisivas; traduzir a experiência ao modo do drama trágico — o único modo que Dostoievski considerava fiável — e, no entanto, permanecer dentro do cenário naturalista da vida urbana moderna.» [George Steiner, Tolstoi ou Dostoievski]


Crime e Castigo (trad. António Pescada) e outras obras de Fiódor Dostoievski estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/fiodor-dostoievski/

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