«O volume começa, adequadamente, com “O Declínio da Escrita Ensaística”. Woolf critica a proliferação de ensaios pessoais na sua época, atribuindo-a a fatores de facilidade. Evidentemente, ser pessoal é da própria natureza do ensaio, pelo menos do tipo de ensaio que está aqui em causa, derivado de Montaigne. […]
Como outros artistas que perderiam a vida durante a guerra, Woolf enfrentou a alteração das condições que a precederam. Em “Porque é que a arte hoje segue a política”, de 1936, nota que há momentos em que o caos destrói as condições normais de sobrevivência do artista, a não ser que ele possa colocar-se ativamente ao serviço do poder. Seja num caso, seja no outro, o problema não é falta de realidade, mas um excesso dela. Como, aliás, costuma acontecer.» [Luís M. Faria, E, Expresso, 30/10/2022]
48 Ensaios (Trad. Catarina Ferreira de Almeida e Ana Maria Chaves) e outras obras de Virginia Woolf estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/virginia-woolf/
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