1.7.22

Sobre Um Virar de Costas Sedutor, de Frederico Pedreira

 



«Mais do que isolar um conjunto de autores dentro de um género, que é o seu objectivo explícito, o que sobressai da teoria de Pedreira é uma relação particular com a poesia na qual, como vimos, o que está em jogo não é o “denominador comum designado ‘poesia’”. Podemos atestar esta ideia pela forma como certos termos evoluem ao longo da exposição. Por exemplo, quando estabelece a relação com a teoria da arte no início do volume, o autor compara o poema com um objecto de arte que confronta, pelas suas dimensões, o visitante de um museu. A natureza obstrutiva que impõe aos movimentos do visitante tornam o objecto numa presença física com a qual nos temos de relacionar (“pretende-se que o objecto seja incontornável”); a relação com a poesia estabelece-se aqui pela natureza impositiva do poema, em “imaginar o poema como um estorvo, um objecto que exige ser contemplado por determinadas características que o tornam impositivo” (p. 26).» [Telmo Rodrigues, Forma de Vida, 29/6/2022:https://formadevida.org/recensoes/200-frederico-pedreira-2022-um-virar-de-costas-sedutor-lisboa-relgio-dgua]


Um Virar de Costas Sedutor (Intimidade em Poesia), Presa Comum e A Noite Inteira estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/frederico-pedreira/

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