20.11.20

Sobre O Abismo de Fogo, de Mark Molesky

 



No Dia de Todos os Santos, em 1755, um sismo abalou a terra, desde o fundo do oceano Atlântico até às costas ibérica e africana. No caminho estava Lisboa, então uma das cidades mais ricas do mundo e capital de um vasto império. Em minutos, parte da cidade transformou-se em ruínas.

Mas isto foi apenas o começo. Meia hora depois, um maremoto originado pelo terramoto atingiu o litoral português, provocando uma enchente no rio Tejo, arrastando milhares de pessoas para o mar. No final do dia, ondas gigantes haviam feito vítimas em quatro continentes.

Completando a destruição, uma tempestade de fogo engoliu quase tudo o que restava da cidade, atingindo os sobreviventes com temperaturas que excederam os 1000 ºC. As chamas prolongaram-se por várias semanas.

Tendo por base novas fontes, as últimas descobertas científicas e um profundo conhecimento da História da Europa, Mark Molesky dá-nos um relato do Grande Desastre de Lisboa e do seu impacto no Ocidente, em que se inclui a descrição do primeiro movimento de ajuda humanitária mundial, do aparecimento de uma ditadura em Portugal (que, apesar de tudo, serviu para modernizar o país) e do efeito da catástrofe no Iluminismo europeu.

Muito mais do que uma crónica sobre destruição, O Abismo de Fogo é um emocionante drama humano onde surgem personagens inesquecíveis, como o marquês de Pombal, que encontra no caos o caminho para o poder, ou Gabriel Malagrida, o carismático jesuíta que acabou por ser morto devido à sua interpretação do terramoto como castigo divino.


«As batalhas perenes da humanidade entre a fé e a razão sempre foram postas à prova nos momentos de calamidade. O terramoto de 1755 foi o primeiro e mais dramático desses momentos na era moderna, e aguardava pacientemente o seu historiador. Tem finalmente, em Mark Molesky, o seu brilhante analista.» [Simon Schama]


O Abismo de Fogo, de Mark Molesky, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-abismo-de-fogo-o-grande-terramoto-de-lisboa/

Sem comentários:

Enviar um comentário