2.7.20

Sobre Santo António, de Agustina Bessa-Luís




«Portugal tem destas excentricidade: que um espírito crítico, torrencial e iluminador como o de Agustina Bessa-Luís se confronte com a nossa mais extraordinária figura de fronteira que é Santo António de Lisboa (ao mesmo tempo medieval e moderno; popular e cultíssimo; português e a cooperar numa mudança epocal que, segundo Jacques Le Goff, “vai sacudir a religião, a civilização e a sociedade”) não parece empresa suficiente para ativar paixões. [….] Mesmo defendendo que “António é um afetivo e não um místico”, consumando-se mais na compaixão do que no puro abandono do arrebatamento, Agustina ajuda-nos a mergulhar na fascinante complexidade do santo que, segundo ela, vivia “a condição metafísica dessa treva em que o conhecimento dos seres não é mais um pacto vital, mas um enigma que se respeita pela sua analogia, ou aptidão para receber o divino”.» [José Tolentino de Mendonça, E, Expresso, 20/6/2020]

Santo António e outras obras de Agustina Bessa-Luís estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

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