«Conta-se que um dia, já depois de casados, Elizabeth entrou no gabinete do marido [Robert Browning] com um maço de papéis na mão, e, pousando-o na sua mesa de trabalho, disse “lê isto”, e retirou apressadamente. Robert leu o que ela tinha deixado. Eram 44 lindíssimos sonetos, escritos desde a data do seu primeiro encontro até àquele dia. Melhor, era um poema, com estanças em forma de sonetos, que relatava, passo a passo, toda a evolução do espírito de Elizabeth, desde o desânimo e as hesitações do princípio, quando se lhe tinha imposto a evidência do seu amor, até à vitória final, na gratidão sem limites, na paz, na felicidade.» [Do prefácio de Manuel Corrêa de Barros a Sonetos Portugueses]
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