21.6.19

Sobre A Mão Esquerda das Trevas, de Ursula K. Le Guin



«Um viajante terrestre, de seu nome Ai (o que soa como um grito de dor, mas também como eu em inglês, “I”), é enviado numa missão a Inverno, com o objectivo de convencer esse planeta a fazer parte do Ecuménio, uma civilização galáctica, assente na comunicação e na cooperação, uma liga de mundos cuja união é mais espiritual do que política. Inverno, uma terra inóspita, sem flores e sem aves, é um estranho mundo marginal, no limite do conhecido, perto do braço sul de Oríon, para lá do qual não existe qualquer outro mundo habitado, e com a particularidade de os seus habitantes serem andróginos: o seu corpo passar por ciclos hormonais em que eles serão ora homens ora mulheres, podendo ser pais de uma criança e mães de outras.
Como é próprio da ficção científica, nesta obra o que fala mais alto não é a capacidade de fantasiar da autora, e a sua genialidade efabulatória e narrativa, mas sim a forma como se parte da alteridade de um outro poso, num outro planeta, para reflectir sobre a própria humanidade e sobre a condição terrestre […].» [Paulo Nóbrega Serra, no blogue Palavras Sublinhadas. Texto completo em http://palavrassublinhadas.com/mao-esquerda-das-trevas-ursula-k-le-guin-relogio-dagua/ ]

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