12.3.18

Sobre A Princesa de Clèves, de Madame de Lafayette




«Publicado anonimamente em 1678, A Princesa de Clèves, é considerado o primeiro romance psicológico moderno. A acção da novela desenrola-se entre 1558 e 1559 na corte de Henrique II de França, que recria com admirável precisão. Com excepção da heroína, praticamente todas as outras personagens são figuras históricas. O tema é o amor, em particular a concepção da época sobre o amor ideal, puro, geralmente infeliz, à semelhança do amor que une a Princesa da Cléves ao Duque de Nemours. Descreve, com especial detalhe, as etapas do sentimento amoroso e os seus efeitos no comportamento dos protagonistas e centra-se no longo combate interior da princesa, dividida entre o dever e o desejo. Apaixonada pelo homem mais belo e galante da corte, luta desesperadamente para se manter fiel ao esposo e aos preceitos maternos. Durante a campanha para as eleições presidenciais de 2007, Nicolas Sarkozy declarou que não valia a pena procurar resolver os problemas da França quando ainda se ensinava Madame de La Fayette. Manifestações dos meios universitários incluíram a leitura pública da obra em inúmeras cidades do país. Em 2009, no Salão do Livro de Paris distribuíram-se crachás com a inscrição “Eu leio Madame de Lafayette”. Esta edição permite aos leitores portugueses o desfrute desta obra-prima intemporal.» [Agenda Cultural de Lisboa, Fevereiro 2018]

Sem comentários:

Enviar um comentário