22.3.17

Entrevista a Marlon James, autor de Breve História de Sete Assassinatos




«Mas lá diz o ditado: à terceira é de vez. E foi. Depois de duas marcações falhadas, James sentou-se no seu escritório em St. Paul, no Minnesota, onde vive desde 2007, para falar de Breve História de Sete Assassinatos, o romance que lhe valeu o Man Booker Prize em 2015, e da Jamaica do tempo de Marley . A Jamaica do seu tempo, onde havia violência nas ruas, é certo, mas não uma violência generalizada. Porque havia mais no seu país do que os guetos onde jamaicanos se iam matando uns aos outros.

Quando se fala em Breve História de Sete Assassinatos, considerado por muitos como um dos melhores romances dos últimos anos, que gira em torno da tentativa de assassinato a Bob Marley em dezembro de 1976, o tema da violência desmedida é difícil de ignorar (logo no primeiro capítulo, o leitor vê-se obrigado a engolir a seco e preparar-se para o que aí vem). Mas James, de 46 anos, fala dessa violência com naturalidade. Porque é que haveria de censurar os tiros, as mortes, a pobreza? A vida nos guetos da capital jamaicana, Kingston? Sentado numa cadeira, com um poster de Joy Division como pano de fundo, admite que não havia como fugir à questão. Afinal, as coisas são como elas são. E o livro dele é como é.» [Rita Cipriano entrevista Marlon James, a propósito da edição de Breve História de Sete Assassinatos, no Observador. Texto completo disponível aqui.]

Sem comentários:

Enviar um comentário