27.2.17

A chegar às livrarias: A Ilha do Doutor Moreau, de H. G Wells (trad. de Inês Dias)




«Na minha opinião, a precedência dos primeiros romances de Wells — A Ilha do Doutor Moreau, por exemplo, ou O Homem Invisível — deve-se a uma razão mais profunda. Não só é engenhoso o que referem; é também simbólico de processos que de certo modo são inerentes a todos os destinos humanos. O acossado homem invisível, que tem de dormir como que com os olhos abertos porque as suas pálpebras não excluem a luz, é a nossa solidão e o nosso terror; a seita de monstros sentados que fanhosamente recitam na sua noite um credo servil é o Vaticano e é Lassa. A obra que perdura é sempre capaz de uma infinita e plástica ambiguidade.» [Jorge Luis Borges, em Outras Inquirições]

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