21.12.16

Sobre Breve História de Sete Assassinatos, de Marlon James









«Vencedora do Man Booker Prize em 2015, esta Breve História… não tem nada de breve. Com 665 páginas em letra pequena, é um longo fresco onde vão aparecendo e reaparecendo muitas vozes diferentes – membros de gangues, polícias, artistas, diplomatas, agentes da CIA, políticos, estudantes, desempregados, jornalistas –, alternando registos que vão do inglês culto ao balbuciar delirante. A narrativa arranca na Jamaica em meados dos anos 70 e expande-se a partir daí. (…) Para o leitor, há a gratificação de centenas de páginas de texto denso mas legível, geralmente coloquial e muitas vezes em dialeto (parabéns ao tradutor, que não teve tarefa fácil), onde não falta verve nem tragédia à espreita: “Sempre que entro num autocarro, há um momento em que sinto que ele vai explodir. Mas penso sempre que a explosão vai ser na parte de trás, por isso sento-me na parte da frente. Como se sentar-me à frente fosse fazer qualquer diferença.”»

[Luís M. Faria, na revista E, 17/12/2016]

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