«Fogo Pálido, o romance, é o “simulacro de um romance”, um
romance da autoria, da interpretação, do misreading. E dos duplos, também,
das mistificações. Porque Shade pode ter sido inventado por Kinbote, tal como Kinbote
pode ser uma fantasia de Shade, é impossível sabermos. O certo é que Kinbote é
um crítico pouco confiável, obcecado, rancoroso, tresloucado, que se apropria
do poema, se arvora em autor autêntico e considera o poema em questão um fogo pálido,
uma “pálida fosforescência” daquele outro, genial, que ele tem na cabeça.» [Pedro
Mexia, Expresso, E, 28-2-2015]
4.3.15
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