Situado em Maycomb, uma pequena cidade imaginária do Alabama, durante
a Grande Depressão, o romance de Harper Lee, vencedor do Prémio Pulitzer, em
1961, fala-nos do crescimento de uma rapariga numa sociedade racista.
Scout, a protagonista rebelde e irónica, é criada com o irmão, Jem,
pelo seu pai viúvo, Atticus Finch. Ele é um advogado que lhes fala como se
fossem capazes de entender as suas ideias, encorajando-os a refletirem, em vez
de se deixarem arrastar pela ignorância e o preconceito.
Atticus vive de acordo com as suas convicções. É então que uma
acusação de violação de uma jovem branca é lançada contra Tom Robinson, um dos
habitantes negros da cidade. Atticus concorda em defendê-lo, oferecendo uma
interpretação plausível das provas e preparando-se para resistir à intimidação
dos que desejam resolver o caso através do linchamento. Quando a histeria
aumenta, Tom é condenado e Bob Ewell, o acusador, tenta punir o advogado de um
modo brutal.
Entretanto, os seus dois filhos e um amigo encenam em miniatura o seu
próprio drama de medos, centrado em Boo Radley, uma lenda local que vive em
reclusão numa casa vizinha.
Harper Lee escreveu Mataram a
Cotovia aos 34 anos. Só no início de 2015 se sabe que irá publicar, em breve, uma continuação do romance com o título Go Set a Watchman.
«O estilo de Harper Lee revela-nos uma prosa enérgica e vigorosa capaz
de traduzir com minúcia o modo de vida e o falar sulistas, bem como uma imensa
panóplia de verdades úteis sobre a infância no Sul dos EUA.» [Time]
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