9.1.14

Jorge Vaz de Carvalho fala a Filipa Melo sobre a sua tradução de Ulisses sob o título «A literatura é para os fortes»





«Joyce pertence ao grupo de autores preferidos do tradutor português: aqueles que “nunca tratam o leitor como um cretino”. Ulisses, em rutura com tudo o que era o paradigma narrativo do século XIX, “exige apenas essa raridade de leitor que possui curiosidade intelectual perante o texto literário e as possibilidades infinitas da língua”. Esta é uma leitura que “nos atira para fora de pé, sem sequer nos termos chegado a molhar”. Obriga o leitor a abdicar da bengala do enredo e a transformar-se “de banhista da rebentação em banhista de ondas poderosas”. Não é de todo uma leitura para todos.» [Ler, Janeiro 2014]

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