6.6.13

Sobre A Trombeta do Anjo Vingador, de Dalton Trevisan






«De achamento em achamento, Dalton não descobre a língua portuguesa: abre, sim, caminho para um dos usos mais rigorosos e concisos de que ela é capaz – “o padre, narigão purpurino do abuso do vinho” (p.62). Os atalhos que toma nada têm de aprazível: cozem ao sol de um Brasil de tons carregados, ou gelam no volte-face do clima curitibano; oscilam como um trilho prestes a resvalar; são duros como a picada cravada de minas. Mas o ponto de chegada é uma luminosa fórmula de exactidão. Com a grandiosidade austera do que dantes se gravava sobre pedra – “Todo grande crime é por motivo fútil” (p. 40).» [Hugo Pinto Santos, Time Out, 05-06-2013]

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