8.5.13

A chegar às livrarias: Armadilha, de Rui Nunes





«E à integridade chama-se beleza. Ao que explora olhos, ouvidos, dedos, corpos. E nessa exploração deixa o rasto, o rosto?, do inacabado. O que sabemos? Sabemos? Talvez só desencontros. Por vezes, um nome que não se deixa dizer:
:
Du sollst zum Aug der Fremden sagen: Sei das Wasser.
:
Os olhos da estrangeira perdem, perdem-se, e crescem, crescem, tornam-se tudo:
o abandono do próprio esquecimento?
a hesitação de uma frase?
:
Só o que morre pode ser dito:
qualquer condenado é a fonte de uma palavra imensa.

o animal peregrino constrói a eternidade em cada desencontro.
E depois afasta-se pelo alcatrão esburacado.
Nunca. Ou quase.
São assim os subúrbios.»


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