5.6.12

A Relógio D’Água nos media na semana de 28 de Maio a 3 de Junho




No Atual, suplemento do Expresso de 2 de Junho, Clara Ferreira Alves escreve sobre Cosmópolis, «a única obra literária que descreve o tempo em que vivemos e o inscreve na nossa consciência como o triunfo absurdo de um sistema numérico sobre uma civilização. A era do algoritmo. Don DeLillo é o único escritor que conseguiu escrever sobre a guerra, o terrorismo e o capitalismo e Wall Street como profecias cumpridas. Cosmópolis, publicado em 2003 e referente a 2000, ano de dobra do milénio e auge da expansão financeira, é uma história dessas. (…) David Cronenberg encontrou um escritor mais inteligente e uma escrita mais cruel do que o costume e o encontro correu bem. O filme reproduz o livro. DeLillo é, aqui, mais cronenberguiano do que Cronenberg. Este é o mundo em que vivemos. Cosmópolis é um filme obrigatório. Um livro obrigatório.»



No Jornal de Letras de 30 de Maio, Fernando Guimarães, na sua «Crónica de Poesia», reflectindo sobre os actos de observar, conhecer e imaginar, escreve sobre o mais recente livro de Bernardo Pinto de Almeida, Negócios em Ítaca, em que se reproduzem fotografias de Isabel Lopes Gomes. Afirma o crítico que, nos poemas deste livro, «está bem presente o problema da imagem, que, no fundo, é comum tanto à poesia como às artes plásticas (…). Um outro aspeto a destacar consiste no modo como um certo tonus emocional se faz sentir, derivando para uma acentuação tendencialmente disfórica (…), através de uma espécie de monólogo em que se pensa o sentido da vida, da morte, do amor, do envelhecimento ou daquele reencontro que pode representar o próprio intinerário da nossa existência.»


Na mesma edição do jornal, José Carlos Vasconcelos escreve sobre O Afável Monstro de Bruxelas, de Hans Magnus Enzensberger: «A obra pressupõe investigação, tem uma parte histórica, sobre a génese da UE, observações objectivas, análises, dados, factos concretos, e é a partir de tudo isto que o ensaísta, com inteligência e ironia, a que amiúde se junta o humor, constrói a narrativa — na qual, é verdade, também está bem presente o dedo do escritor. (…) Enfim, um pequeno excelente livro, saído na Alemanha em 2011, numa coleção em que também já foram editados, entre outros, dois títulos de José Gil, e vários de Slavoj Zizek.»


Jorge Listopad, no JL, em «Segunda Via», dirige-se a Rui Nunes, a propósito da sua última obra: «Olhe, Rui, gostei muito desse seu livro. O título, Barro, é exacto.»




Ainda no JL, no suplemento dedicado à educação, pode ler-se uma entrevista a David Acheson, autor de 1089 e Tudo o Resto, recentemente editado pela Relógio D’Água, em que o professor de Matemática fala da disciplina: «A Matemática tem uma beleza própria. Mesmo se pusermos de lado a sua aplicação prática, os argumentos lógicos só por si são de uma grande beleza. (…) liga-nos ao futuro, pela sua aplicação na Ciência e até no mais banal telemóvel ou gadget. Mas, ao mesmo tempo, através dela estabelece-se uma profunda relação com o passado. Há noções matemáticas que são hoje como foram há milénios. Os problemas mudam mas há elementos que se mantêm. Atravessamos semelhantes processos de investigação, de raciocínio e de pensamento.»

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