José Mário Silva escreve na Ler de Abril de 2012: «Esta é uma poesia do desencanto e da revolta diante do
“apetrecho dos destruidores”, essa “arrogância / pela qual o ocidente se
perdeu”. Há nestes versos muita melancolia, uma tristeza face às ruínas (hoje
mais simbólicas do que literais), um sentido agudo do que se perdeu talvez para
sempre, mas também uma vontade de escapar ao abismo da resignação. Por baixo do
“ferro retorcido”, acredita a autora dos “exercícios” sobre Antígona e Medeia,
esconde-se uma Atenas que se mantém oculta, à espera de novos mensageiros que
esvoacem pelo éter, alimentando a “ardência do improvável”.»
Sem comentários:
Enviar um comentário