27.2.12

A Relógio D'Água no Atual de 25 de Fevereiro de 2012




No suplemento Atual, do Expresso de 25 de Fevereiro de 2012, Ana Cristina Leonardo escreve sobre Contos Escolhidos, de Isaac Babel: «Os livros são como tudo: há maus, medíocres, sofríveis, bons e excelentes. Contos Escolhidos, de Isaac Babel (1894-1940), pertence à última categoria. (…) Como escreveu a crítica britânica Margaret Drabble, a obra de Babel “cheira a guerra e cavalos, cebolas e arenques, fome e sangue”. A escrita fragmentária, paradoxal, na qual a comicidade casa com a crueldade, sai reforçada por associações surpreendentes, incoerências, repetições, construções em elipse. Regada com um humor mordaz e colorido, é uma escrita telúrica (e, nesse sentido, bem russa) que tanto nos horroriza como nos faz soltar gargalhadas. A prosa é precisa (o mot juste espreita todos os parágrafos), transmitindo, embora, uma espécie de nonchalance que a aproxima do puro jogo.»

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