No Atual de 20 de Agosto, Pedro Mexia lê As Raízes Diferentes, o mais recente livro de poemas de Fernando Guimarães: «… Guimarães recupera o motivo clássico do “escudo de Aquiles”, um episódio da Ilíada que é uma cosmogonia poética, um mundo que nasce da fantasia, mas também um pesado encargo, “uma peça brutal de ferro”. […] Quando chegamos a uma sequência de esplêndidos poemas shakesperianos, Guimarães parece concordar com Bloom, que defende que Shakespeare concentra toda a sabedoria ocidental. Uma interpretação atenta das peças faz com que de novo se animem vozes e vultos, que nos interrogam e interrogam a nossa condição. O que é afinal aquele cavalo pelo qual Ricardo III oferece o sue reino […]?»
No i de 26 de Agosto, Nuno Ramos de Almeida escreve sobre o último livro de Slavoj Zizek, Viver no Fim dos Tempos: «O problema da ideologia e do combate à ideologia estaria nessa criação de campos de possibilidade. Nessa senda, Zizek vai defendendo que a acumulação de sinais de crise e catástrofe é um grande impulsionador da mudança ideológica e cria condições para a ruptura política. A crise ecológica, a privatização da vida humana e do conhecimento, a guetização da maioria da população e o crescimento da selva urbana poderiam levar as pessoas a romper com o sistema.»
Sem comentários:
Enviar um comentário