No Ípsilon do Público de 26 de Agosto, José Riço Direitinho escreve sobre a ida ao inferno de Tchékhov, relatada em A Ilha de Sacalina: «Nos retratos que faz, quer de carcereiros, funcionários ou prisioneiros — os que vivem “esta vida de rebanho encerrado numa cloaca” — está já o Tchékhov da crític asocial, o denunciador de injustiças, o que se insurge contra a “desproporção das penas em relação aos crimes”, como notam os tradutores (trabalho exímio) no interessante e informado prefácio que escreveram.»
Informamos os leitores do texto de José Riço Direitinho de que A Ilha de Sacalina é uma edição da Relógio D'Água e que os tradutores elogiados são Júlia Ferreira e José Cláudio, factos que o crítico não refere.
Informamos os leitores do texto de José Riço Direitinho de que A Ilha de Sacalina é uma edição da Relógio D'Água e que os tradutores elogiados são Júlia Ferreira e José Cláudio, factos que o crítico não refere.
No mesmo suplemento, Gonçalo Mira fala com Ana Teresa Pereira sobre A Pantera, o mais recente e «talvez o mais autobiográfico» dos livros da autora. «Na obra de Ana Teresa Pereira, as personagens, os lugares e as histórias são recorrentes. “ A repetição fascina-me”, diz-nos. Descarta-se, assim, qualquer acusação de autoplágio: é um gesto consciente e faz parte do jogo literário que é a obra de Ana Teresa Pereira. Não se trata aqui de haver um leque de personagens que vão sendo acompanhadas em diferentes fases da sua vida […], mas antes de um sem fim de vidas alternativas para as mesmas personagens.»
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