No Ípsilon de 17 de Dezembro, Rogério Casanova considera Meridiano de Sangue de Cormac McCarthy "Mas qualquer diálogo sobre Meridiano de Sangue está condenado a traçar círculos concêntricos à volta do seu fulcro, o juiz Holden. Harold Bloom chamou-lhe a "mais aterradora criação da literatura americana" e, por uma vez na vida, a sua histeria hierarquizante parece justificada. Como Ahab, o juiz vai anexando lentamente um romance que pertencia a terceiros, submetendo a narrativa a uma espécie muito particular de possessão demoníaca".
No mesmo número do Ípsilon, Rui Catalão escreve sobre Memento Mori de Muriel Spark, onde "A velhice, a perversidade, a graça e a tortura familiar por uma católica convertida, contemporânea de Greene e Waugh".
No suplemento Actual do Expresso de 18 de Dezembro, Ana Cristina Leonardo escreve sobre Águas da Primavera de Ivan Turguénev, "A história contada por Turguénev é curta e o final, não sendo feliz, nem por isso é trágico. Mais do que cercado por "ondas tumultuosas", o destino de Dmitri apresenta-se-nos, logo no capítulo introdutório, como "liso, imóvel e transparente". A vida tornara-se um enfado. "No se puede vivir sin amar", escreveria muito mias tarde Marlcolm Lowry, que não era russo".
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