«Não há nenhum romancista português de agora a escrever com esta grandeza soberana. Ficção biográfica sobre Elizabeth Siddal (1829-1862), artista e musa dos pintores pré-rafaelitas, investiga com empatia e detalhe uma corrente “doentia” da cultura e da alma inglesas, que Hélia bem conhece, mas é também um retrato do romantismo como patologia exaltante.»
É assim que Pedro Mexia se refere a Adoecer de Hélia Correia no balanço sobre livros de 2010 do suplemento Ípsilon de 24 de Dezembro. A obra surge em segundo lugar entre as vinte escolhidas por um painel de críticos do Público. Memento Mori de Muriel Spark, também editado pela Relógio D’Água, encontra-se em 18.º exequo com outros três livros.
Por outro lado, no blogue Lei Seca de Pedro Mexia há quatro livros da Relógio D’Água destacados entre os vinte melhores de 2010, a saber Adoecer de Hélia Correia, Amores de Henry Green, A Flor Azul de Penelope Fitzgerald e O Prelúdio de William Wordsworth.
Uma destas escolhas, Amores, é tanto mais curiosa quanto o excelente romance de Henry Green não teve uma única linha de atenção na Imprensa portuguesa.
Quanto às escolhas de Eduardo Pitta, no blogue Da Literatura, encontramos três livros da Relógio D’Água, Adoecer de Hélia Correia, Cem Poemas de Emily Dickinson e Da Tragédia à Farsa de Slavoj Žižek.
Na Time Out de 22-28 de Dezembro, no balanço de livros de 2010, na rúbrica de «Ficção Portuguesa» é escolhido o romance Adoecer de Hélia Correia: «Que sorte Hélia Correia ter ficado com o quadro “Ophelia”, de John Everett Millais, e com a mulher que o protagoniza: Elizabeth Eleanor Siddal, pintora, poeta e modelo. Foi a partir daí que nasceu este Adoecer, um livro fascinante na forma e no conteúdo, recheado de um mal-estar melancólico mas irresistível e que aborda um universo muito pouco frequentado pelos romancistas portugueses: a vida de um conjunto de criadores artísticos do século XIX inglês que ficaram conhecidos como Pré-Rafaelitas.»
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