25.6.25

Sobre As Confissões da Carne, de Michel Foucault

 As Confissões da Carne é o quarto e último volume da História da Sexualidade, obra em que Michel Foucault se propôs a estudar a sexualidade humana desde a Antiguidade clássica até aos primeiros séculos do cristianismo. 

A elaboração definitiva de As Confissões da Carne, de acordo com Frédéric Gros, responsável pela edição, pode situar-se em 1981 e 1982. O livro foi editado em 2018, quando os herdeiros de Foucault consideraram reunidas as condições para a publicação do inédito, que concluía a análise de A Vontade de Saber, O Uso dos Prazeres e O Cuidado de Si.

O livro tem três partes. A primeira aborda os temas “Criação, procriação”, “O baptismo laborioso”, “A segunda penitência” e “A arte das artes”; a segunda, a “Virgindade e continência”, “Das artes da virgindade” e “Virgindade e conhecimento de si”; e a terceira, “O dever dos esposos”, “O bem e os bens do casamento” e “A libidinização do sexo”.


As Confissões da Carne (trad. Miguel Serras Pereira) e os outros volumes de História da Sexualidade estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/michel-foucault/

Sobre Emergir para Respirar, de George Orwell

 George Bowling, de quarenta e cinco anos, casado, com filhos, é um vendedor de seguros com um desejo desesperado de escapar à sua vida monótona. Receia os novos tempos — em 1939, a guerra estava iminente —, as filas para as senhas de alimentação, os soldados, a polícia secreta e a tirania.

Por isso, decide voltar para o mundo da sua infância, a vila que recorda como um paraíso rural de paz e tranquilidade. Mas o que irá encontrar quando lá chegar?


“Muito divertido, e ao mesmo tempo de um realismo estimulante. Mil Novecentos e Oitenta e Quatro está aqui em embrião. O mesmo se pode dizer de Rebelião na Quinta. […] Muito poucos romances trazem consigo as sementes de dois clássicos sendo, ao mesmo tempo, bem agradáveis de ler.” [John Carey, Sunday Times]


Emergir para Respirar (trad. José Miguel Silva) e outras obras de George Orwell estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/george-orwell/

Björk entrevista Ocean Vuong

 Ocean Vuong entrevistado por Björk, a propósito do seu mais recente romance, The Emperor of Gladness, que a Relógio D’Água editará este ano, com tradução de Inês Dias.

O livro é descrito por Björk como o«“Huckleberry Finn” para o século XXI». A entrevista pode ser lida no site da BOMB: https://bombmagazine.org/articles/2025/06/16/ocean-vuong-by-bjork/


O Tempo É Uma Mãe (trad. Frederico Pedreira) e Na Terra Somos brevemente Magníficos (trad. Inês Dias), de Ocean Vuong, estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/ocean-vuong/

Kairos, de Jenny Erpenbeck, na Noite da Literatura Europeia 2025



No próximo dia 28 de Junho, entre as 19h e as 23h30, a freguesia das Avenidas Novas / São Sebastião, em Lisboa, recebe a Noite da Literatura Europeia, organizada pela EUNIC Portugal, e convida os participantes a conhecer algumas das obras que marcam a literatura europeia contemporânea.

O Goethe-Institut irá apresentar, no átrio da estação de metro de São Sebastião (entrada principal / Maison des Fleurs), excertos do romance Kairos de Jenny Erpenbeck. A interpretação será feita pela atriz Sofia de Portugal.

Mais informação aqui: https://cms.goethe.de/goethe/goethe/_files/pdf347/noite-da-literatrua-europeia-2025.pdf


Kairos (tradução de António Sousa Ribeiro) e Eu Vou, Tu Vais, Ele Vai (tradução de Ana Falcão Bastos) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/jenny-erpenbeck/

Este ano a Relógio D’Água editará outra obra de Jenny Erpenbeck, Visitação, em tradução de António Sousa Ribeiro.

De Pontas Soltas I, de José Gil

 «Os populismos americanos e europeus ainda se servem de farrapos de arcaísmos e de líderes semicarismáticos, mas inclinam‑se muito mais para o pragmatismo digital, o que se revela, ao mesmo tempo, nas limitações a que está sujeita a estratégia de dominação absoluta do acaso e do imprevisível. As guerras, as sublevações inorgânicas, a memória colectiva inscrita na Terra, a vida dos animais e das plantas, bem como os flagelos e catástrofes ambientais contrariam a vontade totalitária de controlo de todos os seres vivos (veja‑se, por exemplo, a dificuldade de Trump em lidar com os incêndios de Los Angeles e o acidente de aviação de Washington). Seremos salvos pelas alterações climáticas…» [p. 75 de Pontas Soltas I, de José Gil]


Pontas Soltas I e outras obras de José Gil estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/jose-gil/

Sobre Os Sonâmbulos, de Christopher Clark

 «Um dos mais impressivos e estimulantes estudos jamais feito acerca deste período.» [Max Hastings, Sunday Times]


«Uma obra-prima.» [Harold Evans, The New York Times Book Review]


«O melhor livro que li este ano, ou mesmo em vários anos.» [Simon Heffer, New Statesman, Livro do Ano]


«Os argumentos de Clark sobre as causas da Primeira Guerra Mundial são de tal forma convincentes que colocam os antigos consensos históricos numa gaveta… Uma obra-prima. Não é todos os dias que temos o privilégio de ler um livro que restrutura o nosso entendimento de um dos principais acontecimentos da história mundial.» [Simon Griffith, Daily Mail]


«À medida que nos aproximamos do seu centésimo aniversário, irão aparecer ainda diversos livros sobre a Primeira Guerra Mundial, mas poucos tão esclarecedores como este.» [Tony Barber, Financial Times, Livro do Ano]


«Pesquisado de forma impecável, defendido de forma provocante e escrito de forma elegante… para Clark, os estadistas de 1914 eram “sonâmbulos, vigilantes que não viam — assombrados por sonhos, mas cegos à realidade do horror que se preparavam para trazer ao mundo.» [Dominic Sandbrook, Sunday Times, Livro do Ano]


Os Sonâmbulos (trad. Miguel Serras Pereira) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/os-sonambulos/

24.6.25

Relógio D’Água edita International Booker Prize 2025


A Relógio D’Água vai editar, em Novembro deste ano, o livro vencedor do International Booker Prize, Heart Lamp, da escritora indiana Banu Mushtaq, com tradução de Marta Mendonça.

O livro reúne doze contos, publicados entre 1990 e 2023, que retratam a vida quotidiana de mulheres e raparigas das comunidades muçulmanas no sul da Índia, num estilo intenso, comovente e mordaz.

Banu Mushtaq, advogada, defensora das mulheres muçulmanas e uma das escritoras mais galardoadas da Índia, é assim pela primeira vez editada em Portugal.


Sobre Sou Uma Lenda, de Richard Matheson

 Robert Neville é o último homem vivo na Terra, mas não está sozinho. Todos os homens, mulheres e crianças se tornaram vampiros e estão sedentos do sangue de Neville. Durante o dia ele é um caçador, perseguindo os mortos-vivos adormecidos nas ruínas abandonadas da civilização. À noite, barrica-se em casa e reza pela chegada do amanhecer.

Quanto tempo pode um homem sobreviver nestas condições?


«Um dos escritores mais importantes do século xx.» [Ray Bradbury]


«Acredito que o autor que mais me influenciou como escritor foi Richard Matheson. Livros como Sou Uma Lenda foram uma inspiração para mim.» [Stephen King]


«O mais engenhoso e fascinante romance de vampiros desde Drácula.» [Dean Koontz]


Sou Uma Lenda, de Richard Matheson (tradução de José Mário Silva), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/sou-uma-lenda/

Sobre Um Quarto só para Si, de Virginia Woolf

 «Um Quarto só para Si, ensaio publicado em 1929, baseia-se em duas conferências subordinadas ao título As Mulheres e a Ficção, feitas no Newnham College e no Girton College, em Cambridge, para um público feminino pelo qual Virginia Woolf sentiu uma certa empatia, ao contrário do que anteriormente acontecera em Oxford perante uma audiência masculina de jovens estudantes que classificou de “inexperientes, ignorantes quanto à poesia e à ficção, fazendo perguntas ingénuas”. Como se pode verificar no seu diário, a audiência que encontrou em Cambridge parecia “inteligente e interessada”. Mas é uma audiência que, quanto à sua realização pessoal, se confronta precisamente com as mesmas dificuldades de Virginia em jovem. Se lhe era permitido passar as manhãs no seu quarto a ler, a escrever ou a traduzir do grego, a meio da tarde tinha de se transformar na jovem bem-educada e participar nos rituais sociais, usar um vestido de cerimónia e conversar durante o chá de acordo com a tradição vitoriana.» [Do Prefácio de Maria de Lourdes Guimarães]


Um Quarto só para Si (trad. Maria de Lourdes Guimarães) e outras obras de Virginia Woolf estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/virginia-woolf/

Sobre O Romance do Genji, de Murasaki Shikibu

 «Não se escreveu nada de melhor em nenhuma literatura.» [Marguerite Yourcenar]


«Não é que o vasto romance de Murasaki seja melhor ou mais memorável ou intenso que a obra de Cervantes; mas é mais complexo e a civilização que revela é mais delicada.» [Jorge Luis Borges]


«O Romance do Genji é um dos grandes clássicos mundiais.» [W. B. Yeats]


«Depois de ler Murasaki o amor e o enamoramento passam a sentir-se de modo diferente. Ela é o génio do desejo, e nós os seus aprendizes, mesmo antes de a lermos pela primeira vez.» [Harold Bloom]


«Um dos romances mais antigos de todo o mundo, comparável aos grandes clássicos ocidentais como Cervantes e Balzac.» [Octavio Paz]


«O Romance do Genji é o cume da literatura japonesa. Até hoje ainda não apareceu nenhuma obra de ficção que se lhe compare.» [Yasunari Kawabata]


O Romance do Genji (tradução de Carlos Correia Monteiro de Oliveira) está disponível em https://www.relogiodagua.pt/autor/murasaki-shikibu/


Sobre Apologia dos Ociosos e Outros Ensaios, de Robert Louis Stevenson

 “As observações mais inteligentes que já foram escritas sobre literatura”, disse Nabokov. “Penso que nunca se escreveu nada de mais belo e mais profundo”, afirmou o filósofo William James. “Coloco em primeiro lugar ‘Um Capítulo sobre Sonhos’”, afirmou Borges.

Este volume reúne diferentes ensaios sobre literatura de aventuras, em que Stevenson via a própria essência da ficção.


Apologia dos Ociosos e Outros Ensaios (tradução de Nuno Batalha) e outras obras de Robert Louis Stevenson estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/robert-louis-stevenson/

23.6.25

Djaimilia Pereira de Almeida e Gonçalo M. Tavares na Noite das Ideias



No próximo dia 25 de Junho, a partir das 19h00, acontece no Teatro São Luiz, em Lisboa, uma nova edição da Noite das Ideias.

A conferência inaugural, intitulada “Ilhas da Gentileza”, proferida por Djaimilia Pereira de Almeida, começa às 19:10.

Às 20:00, Gonçalo M. Tavares, Isabel Almeida e José Bernardes participam na mesa-redonda “Nós” e “os outros” em Camões, com moderação de Pedro Sousa Pereira.

Às 20:55, Djaimilia Pereira de Almeida, Evalina Dias e Pierre Singaravelou participam na mesa-redonda “Para uma história do mundo?”, com moderação de Marta Lança. 

O programa completo pode ser consultado aqui: https://www.ifp-lisboa.com/evenement/noite-das-ideias-2025/


A Visão das Plantas e outras obras de Djaimilia Pereira de Almeida editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/djaimilia-pereira-de-almeida/


Livro da Dança e outras obras de Gonçalo M. Tavares editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

Sobre Sobre a Revolução, de Hannah Arendt

 Sobre a Revolução permite uma compreensão histórica da diferente natureza dos sistemas políticos actuais nos EUA e na Europa. Neste livro, Hannah Arendt debruça-se sobre os princípios que subjazem a todas as revoluções, começando pelos grandes primeiros exemplos da América e de França e mostrando como a teoria e a prática da revolução evoluíram desde então.


«Os admiradores de Hannah Arendt vão ver com agrado a sua incursão neste domínio relativamente negligenciado da revolução comparada. Nunca é maçadora, mas imensamente erudita, sempre imaginativa, original e plena de intuições.» [Sunday Times]


Sobre a Revolução (trad. I. Morais) e outras obras de Hannah Arendt estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/hannah-arendt/

Sobre A Revolução dos Cravos, de Alex Fernandes

 Lisboa, 25 de abril de 1974. No espaço de um único dia, cai o mais antigo regime ditatorial da Europa. Na noite de 24 de abril de 1974, às 22h55, uma estação de rádio lisboeta transmite “E depois do Adeus”, a canção portuguesa do Festival da Eurovisão. Às 18h20 do dia seguinte, o mais antigo regime fascista da Europa tinha caído. Quase não se disparou um tiro. Os cidadãos saem às ruas, oferecem cravos aos soldados revolucionários. Pela primeira vez em 48 anos, Portugal é livre.

A Revolução dos Cravos percorre as ruas de Lisboa à medida que a revolução se desenrola, revelando os inúmeros atos de resistência passados — tanto comuns como extraordinários — que tornaram o 25 de Abril possível. É a história de revoltas operárias e conspirações, fugas ousadas de prisões, de soldados a desobedecer às ordens dos seus superiores e de simples atos de coragem por parte de milhares de cidadãos. É a história de como um grupo de jovens capitães derrubou um império que se estendia pelo mundo.


“Alex Fernandes demonstra um conhecimento enciclopédico da história política portuguesa contemporânea nesta exploração admiravelmente pormenorizada da revolução que trouxe a democracia em 1974. Um livro empolgante e inspirador que se lê de um fôlego.” [Richard Zimler]


“Um relato detalhado e evocativo de uma revolução como nenhuma outra: a Revolução Portuguesa de 1974. Um livro que precisa de ser lido.” [Helder Macedo]


A Revolução dos Cravos lê-se como um thriller político. Fernandes, escritor português a viver em Londres, transmite com mestria quão insensata e improvável foi a iniciativa. O autor domina a bibliografia e os arquivos históricos sobre a revolução.” [The Times]


A Revolução dos Cravos — O Dia em Que Caiu a Ditadura Portuguesa, de Alex Fernandes (tradução de Ana Cardoso Pires), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/a-revolucao-dos-cravos-o-dia-em-que-caiu-a-ditadura-portuguesa/

Sobre Os Prazeres e os Dias, de Marcel Proust

 “Se algumas destas páginas foram escritas aos vinte e três anos, muitas outras (Violante, quase todos os Fragmentos de Comédia Italiana, etc.) datam dos meus vinte anos. Não passam todas elas da vã espuma de uma vida agitada, mas que agora está calma. Oxalá um dia que tão límpida que as Musas se dignem mirar-se nela e se veja à superfície o reflexo dos seus sorrisos e das suas danças.

Oferto-te este livro. És, infelizmente, de todos os meus amigos, o único cujas críticas não receio. Tenho pelo menos a confiança de que em parte alguma dele te chocarás com a liberdade do tom. Nunca pintei a imoralidade a não ser em criaturas de consciência delicada. Por isso, demasiado frágeis para quererem o bem, demasiado nobres para gozarem plenamente no mal, conhecendo apenas o sofrimento, tive de falar delas com uma piedade sincera, de modo que não purificasse estes pequenos esboços.”


Os Prazeres e os Dias (tradução de Manuel João Gomes) e outras obras de Marcel Proust estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/marcel-proust/

Sobre A Queda da Casa de Usher e Outros Contos, de Edgar Allan Poe

 Um jovem cavalheiro é convidado para a velha casa de um amigo de infância, Roderick Usher.

À mansão parece concebida como cenário de um conto gótico, com a paisagem lúgubre que a rodeia, dois irmãos gémeos, o próprio Roderick e Lady Madeline, e doenças misteriosas que fazem parte da história familiar e que se manifestam em sensações sobrenaturais.

Todos os elementos do género parecem estar reunidos, e, no entanto, o suspense, o terror desta história deve-se à incerteza, pois não sabemos exactamente em que parte do mundo se situa e em que tempo decorre.

Há também um lago perto do solar dos Usher, mas suspeitamos que está lá apenas para compor um final fatídico.

O conto foi publicado pela primeira vez na Burton’s Gentleman’s Magazine. Tornou-se uma das obras de Poe preferidas da crítica e a que o próprio autor considerava a mais conseguida das que escreveu.

Esta edição reúne outros contos de Edgar Allan Poe: «Manuscrito Encontrado numa Garrafa», «Ligeia», «Uma Descida no Maelström» e «O Gato Preto».


A Queda da Casa de Usher e Outros Contos (trad. Miguel Serras Pereira e Anabela Prates Carvalho), com prefácio de Charles Baudelaire (trad. Manuel Alberto), e outras obras de Edgar Allan Poe estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/edgar-allan-poe/

Sobre A Espuma dos Dias, de Boris Vian

 «Chamaram‑lhe, alguns, a obra‑prima do autor. E num prefácio que andou durante muito tempo colado ao seu “Arranca‑Corações”, Raymond Queneau não hesitava perante um rótulo hierarquizante e audacioso: “o mais pungente dos romances de amor contemporâneos”. Nos anos sessenta, “A Espuma dos Dias” circulou com estas difíceis responsabilidades.

Enfrentou‑as mostrando a singularidade de um universo ainda não conhecido com tanto talento na literatura; que se comprazia a impor aos homens e aos objetos leis novas, interdependentes. De facto, os objetos que lá existiam tinham um comportamento emotivo e implacavelmente ligado aos estados de alma de quem os utilizava. O que já antes parecia sugerido por Edgar Allan Poe em “A Queda da Casa Usher” assumia ali uma evidência despudorada que corria em dois sentidos, de sol e sombra, e nos informava muito mais sobre o interior das personagens do que qualquer alusão direta que o texto chegasse a fazer.» [Da Apresentação de Aníbal Fernandes]


A Espuma dos Dias (trad. Aníbal Fernandes) e outras obras de Boris Vian estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/boris-vian/

22.6.25

Sobre Fédon, de Platão

 “Em seu misto singular de drama e filosofia, síntese de lógica e poética — lógica ‘sedutiva’ chama justamente Randall à arte platónica do diálogo —, o Fédon guarda todo o mistério e todo o atractivo que uma obra nunca acabada de interpretar suscita.

Não admira assim que, volvidos quatro anos sobre o aparecimento da primeira edição, uma já longa bibliografia tenha vindo reavivar discussões, corroborando, alargando ou refutando vias mais convencionais ou inconvencionais de entender o diálogo.” [Da Nota Prévia à 2.ª Edição]


Fédon e O Banquete (trad. Maria Teresa Schiappa de Azevedo) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/platao/

Sobre A Experiência de Deus, de Simone Weil

Este texto faz parte dos Cadernos de Marselha, escritos por Simone Weil no inverno de 1941-42.

Simone Weil deixara Paris na companhia dos pais em junho de 1940, dirigindo-se a Marselha, etapa quase obrigatória para os que desejavam abandonar a Europa em guerra.

Relacionou-se aí com um grupo de resistentes enquanto aguardava a partida para Nova Iorque, que só iria ocorrer em maio de 1942.

Marselha transformou-se numa espécie de cidade de acolhimento e uma das etapas mais fecundas na evolução do seu pensamento.

Simone Weil foi uma helenista a quem não era indiferente o destino das heroínas de Sófocles, como era o caso de Antígona.

E, à medida que foi compreendendo o que considerava as riquezas espirituais do catolicismo, a proximidade das intuições pré-cristãs com os ensinamentos de Cristo surgiu-lhe com nitidez.


A Experiência de Deus (Tradução de Ana Cardoso Pires) e outras obras de Simone Weil estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/simone-weil/

Sobre O Príncipe, de Nicolau Maquiavel

 O Príncipe foi escrito em 1513, tendo tido a sua primeira edição póstuma em 1532. Como escreveu Antonio Gramsci, o aspeto mais original do livro, que se tornaria a obra italiana mais conhecida em todo o mundo, é não ser um tratado sistemático, mas “um livro vivo em que a ideologia e a ciência política se misturam na forma dramática de mito”. Num momento conturbado da história do que é hoje a Itália, em que as potências estrangeiras ameaçavam os prósperos mas frágeis estados regionais, Maquiavel, já afastado da política ativa, concentrou nesta obra a experiência adquirida em catorze anos de administração na República Florentina. É uma obra amarga e desencantada, em que traçou o perfil do príncipe ideal, analisou os motivos da ação humana e, separando a política da moral, abriu caminho ao moderno pensamento político.


O Príncipe, de Nicolau Maquiavel (trad. José Lima), com prefácio de Isaiah Berlin, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-principe/

Livros do Dia 22 de Junho na Feira do Livro de Lisboa



Da Democracia na América, de Alexis de Tocqueville

Ética, de Espinosa

Ensaios Escolhidos, de George Orwell

48 Ensaios, de Virginia Woolf

A Sibila, de Agustina Bessa-Luís

Pessoas Normais, de Sally Rooney

Mataram a Cotovia — O Romance Gráfico, de Harper Lee e Fred Fordham

A Montanha Mágica, de Thomas Mann

A Amiga Genial, de Elena Ferrante

Crime e Castigo, de Fiódor Dostoievski

Os Irmãos Karamázov, de Fiódor Dostoievski

Anna Karénina, de Lev Tolstoi

Poemas e Canções II, de Leonard Cohen

Canções I, de Bob Dylan

Ensaios, de Montaigne

O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë

As Histórias de Babar, de Jean de Brunhoff

O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry

21.6.25

Sobre A Singularidade está mais Próxima — A caminho da Fusão com a IA, de Ray Kurzweil

 Os meios de comunicação estão repletos de previsões de que a IA será um cataclismo ou, pelo contrário, um caminho para o rápido desenvolvimento da humanidade.

Desde a edição de The Singularity is Near (2005), Ray Kurzweil viu confirmadas várias das suas previsões, revistas e atualizadas neste seu novo livro, no momento em que os grandes modelos de linguagem validam o seu pensamento.

O autor defende que estamos a atravessar um momento de transformação radical impulsionada pelas tendências tecnológicas exponenciais e convergentes.

Os temas abordados vão da extensão da vida além dos limites biológicos atuais a uma posição sobre os carros sem condutor. A partir de uma avaliação pormenorizada das últimas evoluções tecnológicas, o autor procura mostrar que o progresso na biotecnologia, nanotecnologia e robótica nos aproxima cada vez mais da singularidade, isto é, da criação de um ser modificado pela engenharia genética com um cérebro expandido, fortalecido pela IA e ligado a outros cérebros.

Apesar do seu otimismo, Ray Kurzweil analisa também as consequências possíveis de maus usos num tal cenário, em que as possibilidades tecnológicas esbarram com as fronteiras da nossa natureza e identidade.


“Uma exploração fascinante do nosso futuro, que levanta as questões filosóficas mais profundas.” [Yuval Noah Harari, autor bestseller de Sapiens e Homo Deus]


“Uma leitura essencial para quem deseja compreender os tempos exponenciais em que vivemos.” [Mustafa Suleyman, CEO da Microsoft AI]


“Este livro desafia tudo o que o leitor pensa saber sobre tecnologia, vida e morte; e traz respostas para as questões mais urgentes da atualidade sobre inteligência artificial e o futuro da humanidade.” [Tony Robbins]


“Kurzweil é a irrevogável máquina de pensar.” [Forbes]


“Ray Kurzweil é a melhor pessoa que conheço a prever o futuro da inteligência artificial.” [Bill Gates]


A Singularidade está mais Próxima — A caminho da Fusão com a IA, de Ray Kurzweil (tradução de João Paulo Moreira), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/a-singularidade-esta-mais-proxima-a-caminho-da-fusao-com-a-ia/

Sobre A Natureza Urbana, de Joana Bértholo

 «Eu era uma pessoa simples urbana, uma planta que insistiu em crescer entre os paralelepípedos do passeio, na rua mais concorrida da metrópole, cujo destino é conhecer a sola dos sapatos de milhares de turistas e transeuntes e respirar violentas concentrações de dióxido de carbono. Eu sabia chamar um táxi, mas não o rebanho; sabia levar uma muda de roupa à lavandaria self-service e trazê-la limpa, mas não sabia levar um cântaro à teta da vaca e trazê-lo cheio. Não sabia atear fogo, construir um abrigo, nem situar-me olhando as estrelas. Não conhecia o significado dos ventos nem descodificava as nuvens, quando antecipam temporal. Os elementos do mundo em meu redor que eu considerava naturais eram indecifráveis.»


Natureza Urbana, de Joana Bértholo, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/natureza-urbana-pre-venda/

Sobre O Alienista e Outros Contos, de Machado de Assis

 Machado de Assis escreveu cerca de duzentos contos. Esta antologia reúne aqueles que consideramos os vinte melhores.

Além da quase novela «O Alienista», escolheram-se contos tão notáveis como «Missa do Galo», «Noite de Almirante» e «Uns Braços».

O autor de Memórias Póstumas de Brás Cubas passeia pelos bairros do Rio de Janeiro, criando personagens que compõem uma gama variada de histórias em termos de cenários, caracteres, temas e estilos. 

Machado de Assis confirma assim a sua capacidade de observador e crítico das paixões, grandezas e misérias humanas, analisadas com irónico distanciamento.

Os contos estão ordenados cronologicamente, o que permite acompanhar a evolução do autor.


O Alienista e Outros Contos e outras obras de Machado de Assis estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/machado-de-assis/

Livros do Dia 21 de Junho na Feira do Livro de Lisboa



Ensaios Escolhidos, de George Orwell

Elogio da Sombra, de Junichiro Tanizaki

Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, de George Orwell

A Sociedade do Cansaço, de Byung-Chul Han

Um Bailarino na Batalha, de Hélia Correia

Mataram a Cotovia, de Harper Lee

Pequenas Coisas como Estas, de Claire Keegan

Orgulho e Preconceito, de Jane Austen

Os Miseráveis, vol. II, de Victor Hugo

Ressurreição, de Lev Tolstoi

Memórias Póstumas de Brás Cubas — Quincas Borba, de Machado de Assis

Guerra e Paz, vols. I e II, de Lev Tolstoi

Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa

Romeu e Julieta, de William Shakespeare

Pais e Filhos, de Ivan Turguéniev

Mulherzinhas, de Louisa May Alcott

Mary Poppins, de P. L. Travers

Contos, de Grimm

20.6.25

Sobre Dez Razões (Possíveis) para a Tristeza do Pensamento, de George Steiner

 «Schelling, entre outros, atribui à existência humana uma tristeza fundamental, inescapável. Mais particularmente, esta tristeza oferece o fundamento sombrio sobre o qual assentam a consciência e a cognição. Este fundamento sombrio deve, na verdade, ser a base de toda a perceção, de todo o processo mental. O pensamento é rigorosamente inseparável de uma “melancolia profunda e indestrutível”. A cosmologia atual oferece uma analogia à crença de Schelling. Aquela do “ruído de fundo”, dos comprimentos de onda cósmica, esquivos mas inescapáveis, que são os vestígios do Big Bang, do surgimento do ser.»


Dez Razões (Possíveis) para a Tristeza do Pensamento (tradução de Ana Matoso) e outras obras de George Steiner estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/george-steiner/

Sobre Cartas da Prisão, de Rosa Luxemburgo

 Rosa Luxemburgo foi uma das mais singulares socialistas do início do século xx. Opôs-se tanto ao revisionismo de Bernstein quanto ao centralismo de Lenine, defendendo a ação autónoma dos trabalhadores.

Nascida na Polónia em 1871, viveu a maior parte da vida na Alemanha, onde se distinguiu pela sua atividade e pelos seus escritos, de Reforma ou Revolução? até A Acumulação do Capital.

Foi presa diversas vezes por intervir em congressos socialistas ou na insurreição de Varsóvia em 1905 e por se opor à participação da Alemanha na Primeira Guerra Mundial.

Foi durante o período em que esteve presa entre 1916 e 1918 que escreveu as cartas agora aqui publicadas.


«Cartas da Prisão», de Rosa Luxemburgo (Tradução do alemão e notas de Bruno C. Duarte), está disponível em: https://www.relogiodagua.pt/produto/cartas-da-prisao/

Sobre Boulder, de Eva Baltasar

 A trabalhar como cozinheira num cargueiro, uma mulher conhece e apaixona-se por outra mulher, Samsa, que lhe chama «Boulder». Quando Samsa consegue um emprego em Reiquiavique e o casal decide mudar-se, Samsa quer ter um filho. Tem quarenta anos e não pode deixar passar a oportunidade. Boulder, menos entusiasmada, não sabe como dizer não e vê-se arrastada para uma jornada difícil.

Enquanto assiste ao modo como a maternidade transforma Samsa numa estranha, Boulder vê-se obrigada a organizar as suas prioridades. Pode o anseio por liberdade superar o desejo por amor?


«Uma autora poderosa e muito original. Adoraria adaptar este livro.» [Pedro Almodóvar]


«Subtil, sombrio e inconvencional. Eva Baltasar transforma a intimidade numa aventura.» [Fernanda Melchor]


«A autora eleva de forma magistral a ideia de uma relação a uma força da natureza.» [Times Literary Supplement]


«Baltasar explora o mundano em busca do essencial e oferece pedaços de intimidade de uma forma que cativa e sacia.» [The New York Times Book Review]


Boulder, de Eva Baltasar (tradução do catalão de Ângelo Ferreira de Sousa), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/boulder/

Sobre Pensamentos, de Pascal

 «Pascal oferece muito sobre que o mundo moderno faria bem em pensar. E de facto, por causa da sua combinação e equilíbrio únicos de qualidades, não sei de nenhum escritor religioso mais pertinente para o nosso tempo. Os grandes místicos, como São João da Cruz, são em primeiro lugar para leitores com um objectivo especialmente determinado; os escritores devotos, como São Francisco de Sales, são em primeiro lugar para aqueles que já se sentem conscientemente desejosos do amor de Deus; os grandes teólogos são para os interessados em teologia. Todavia, não consigo pensar em nenhum autor cristão, nem mesmo Newman, que mais do que Pascal devesse ser recomendado àqueles que duvidam, mas que têm a capacidade intelectual para conceber e a sensibilidade para sentir a desordem, a futilidade, a ausência de sentido, o mistério da vida e do sofrimento, e que apenas conseguem encontrar paz através da satisfação de todo o ser.» [Da Introdução de T. S. Eliot]


Pensamentos (trad. Miguel Serras Pereira) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/pensamentos-2/

Sobre Amor e Perda, de Amy Bloom

 Amy Bloom começou a reparar em mudanças no marido, Brian. Reformou-se de um novo emprego de que gostava. Afastou-se das amizades mais próximas. Começou a falar bastante sobre o passado. Subitamente sentiu que existia uma parede de vidro entre eles. As suas longas caminhadas e conversas cessaram. O seu mundo foi lentamente abalado até uma ressonância magnética confirmar o que não podiam mais ignorar: Brian sofria de Alzheimer.

Ponderaram o impacto que isso teria no seu futuro como casal. Brian estava determinado a morrer de pé. A não viver de joelhos. Apoiando-se mutuamente numa última jornada, Brian e Amy tomaram a complicada decisão de recorrer à Dignitas, uma organização com sede na Suíça que permite às pessoas terminarem a sua própria vida com paz e dignidade.

Este livro discute a parte da vida que quase sempre evitamos discutir, o fim.


«Não entendo porque nunca tinha lido a ficção de Amy Bloom… mas a perda era minha.» [Dwight Garner, The New York Times]


«A mestria deste livro atrai-nos e muda-nos.» [Amy Tan]


«Um livro de memórias alegre e fascinante sobre uma das piores coisas que podem acontecer a um casal.» [Alison Bechdel]


«Este é um livro lindo e necessário para quem ama profundamente o seu parceiro.» [Alain de Botton]


Amor e Perda, de Amy Bloom (tradução de José Mário Silva), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/amor-e-perda-pre-venda/

Livros do Dia 20 de Junho na Feira do Livro de Lisboa



Ensaios Escolhidos, de Virginia Woolf

Amor Líquido, de Zygmunt Bauman

Memórias, Sonhos, Reflexões, de C. G. Jung

O Olhar do Outro, de Maria Filomena Mónica

Os Demónios, de Fiódor Dostoievski

A Invenção Ocasional, de Elena Ferrante

Pela Estrada Fora, de Jack Kerouac

Pequenas Coisas como Estas, de Claire Keegan

A Vida Mentirosa dos Adultos, de Elena Ferrante

O Conde de Monte Cristo, vol. II, de Alexandre Dumas

Tao Te King, de Lao Tse

Os Miseráveis, vol. I, de Victor Hugo

O Retrato de Dorian Gray — Edição não Censurada, de Oscar Wilde

Folhas de Erva, de Walt Whitman

Memórias do Subterrâneo, de Fiódor Dostoievski

O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald

O Regresso de Mary Poppins, de P. L. Travers

As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho, de Lewis Carroll

19.6.25

Sessões de autógrafos com Gonçalo M. Tavares, Hélia Correia e José Gil

 Quinta-feira, dia 19 de Junho, às 18:00, Gonçalo M. Tavares, Hélia Correia e José Gil estarão junto aos pavilhões da Relógio D’Água na Feira do Livro de Lisboa para uma sessão de autógrafos.


Livros do Dia 19 de Junho na Feira do Livro de Lisboa



O Meu País, de Maria Filomena Mónica

A Sociedade do Cansaço, de Byung-Chul Han

A Invenção Ocasional, de Elena Ferrante

Obra Completa, de Arthur Rimbaud

Uma Viagem à Índia, de Gonçalo M. Tavares

À espera no Centeio, de J. D. Salinger

Duna, de Frank Herbert

Crime e Castigo, de Fiódor Dostoievski

Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, de George Orwell

O Idiota, de Fiódor Dostoievski

Anna Karénina, de Lev Tolstói

O Processo, de Franz Kafka

Crónicas, de Bob Dylan

Obra Poética, de José Afonso

Os Sete Pilares da Sabedoria, de T. E. Lawrence

Frankenstein, de Mary Shelley

As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain

Mary Poppins, de P. L. Travers

18.6.25

Sobre Da Democracia na América, de Alexis de Tocqueville

 Tocqueville surge-nos hoje como um dos primeiros teóricos da modernidade. Quer se trate da filosofia, da política ou da sociologia, a sua principal obra, Da Democracia na América, surge-nos como referência obrigatória.

Editada em Paris pela primeira vez em 1835, Da Democracia na América tornou célebre o jovem autor, considerado de imediato um herdeiro de Montesquieu devido à capacidade de observação, elegância de estilo e serenidade de pensamento. Foi isso que levou Dilthey a considerar, alguns anos depois, Tocqueville como «o maior pensador político desde Aristóteles e Maquiavel».

São dois os temas fundamentais abordados em Da Democracia na América. A parte inicial trata das instituições norte-americanas como expressão dos costumes e do estilo de vida e aborda os princípios em que se baseia um Estado democrático. Descreve o funcionamento dos três poderes da União, a estrutura e fundamentos do poder judicial, os corpos legislativos e a organização do poder executivo federal. Examina o sistema bipartidário, a importância das associações, o poder da maioria e as suas consequências. Esta primeira parte termina com uma série de capítulos destinados a avaliar a influência dos costumes e da religião na organização do sistema democrático.

Na segunda parte do livro, elabora-se uma teoria do Estado democrático que é o grande contributo de Tocqueville para a filosofia política. O aspecto decisivo está, segundo Tocqueville, na igualdade de condições que impera na sociedade norte-americana: «como ninguém difere dos seus semelhantes, ninguém poderá exercer um poder tirânico, pois, neste caso, os homens serão perfeitamente livres, porque serão de todo iguais; e serão perfeitamente iguais, porque serão de todo livres».

A igualdade e a causa da liberdade estão indissociavelmente ligadas.

Quase dois séculos depois da sua primeira edição, Da Democracia na América continua a demonstrar a sua indiscutível actualidade na ciência política.


Da Democracia na América (tradução de Miguel Serras Pereira) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/da-democracia-na-america/

Sobre Guerra e Paz, de Lev Tolstoi

 Guerra e Paz narra a invasão da Rússia por Napoleão e os efeitos que o acontecimento teve na vida da aristocracia, dos militares e da população envolvida no conflito.

A maior parte dos oficiais era originária das famílias nobres e as separações e perigos da guerra tornavam mais intensas todas as relações pessoais e, em particular, as amorosas.

Os hábitos sociais, as relações sentimentais e o declínio de algumas das mais importantes famílias de Petersburgo e Moscovo são apresentados com distanciamento ou irónica ternura.

Neste romance surgiram algumas das mais perduráveis personagens da literatura, o íntegro príncipe Andrei, o insólito Pierre Bezúkhov e a fascinante Natacha Rostova, que se tornaria indispensável para qualquer um deles.

Com esta obra e a sua apresentação em mosaico de grandes painéis da vida russa onde se movimentam centenas de personagens num período de convulsões militares, Tolstoi realizou o seu projeto de se confrontar com o Homero da Ilíada e da Odisseia.


«O maior de todos os romancistas — que outra coisa poderíamos dizer do autor de Guerra e Paz!» [Virginia Woolf]


Guerra e Paz (trad. António Pescada) e outras obras de Lev Tolstoi estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/lev-tolstoi/

Sobre A História do Doutor Dolittle, de Hugh Lofting

 John Dolittle é um bondoso médico de província que tem peixes-dourados no lago, coelhos na despensa, ratos brancos dentro de um piano e um ouriço-cacheiro na cave. Ele tem o dom de conseguir falar com eles, o que lhe é bastante útil, já que gosta mais de tratar animais do que pessoas.

Um dia, recebe um misterioso apelo que o leva até África, onde uma epidemia grave está a afetar a população de macacos. Parte de imediato, acompanhado por alguns dos seus melhores amigos — Jip, o cão, e Polynesia, a papagaia, entre outros. Pelo caminho, juntam-se-lhes novas personagens, incluindo o pracá-pralá, uma extraordinária criatura com uma cabeça em cada extremidade do corpo.


«Qualquer criança que não tenha a oportunidade de conhecer este médico/naturalista entusiasta, bondoso e rechonchudo, bem como todos os seus amigos animais, perderá algo muito importante.» [Jane Goodall]


A História do Doutor Dolittle, de Hugh Lofting, com ilustrações de Reinhard Michl (tradução de Anabela Prates Carvalho), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/a-historia-do-doutor-dolittle/

Djaimilia Pereira de Almeida na Feira do Livro de Coimbra


Djaimilia Pereira de Almeida, vencedora do Prémio Vergílio Ferreira, estará presente na Feira do Livro de Coimbra, dia 21 de Junho, às 17h30, no Auditório Luís de Camões. Mais informação sobre a Feira do Livro de Coimrba em https://observador.pt/2025/06/03/ines-pedrosa-tatiana-salem-levy-e-djaimilia-pereira-na-feira-do-livro-de-coimbra/


A Visão das Plantas e outras obras de Djaimilia Pereira de Almeida editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/djaimilia-pereira-de-almeida/

Livros do Dia 18 de Junho na Feira do Livro de Lisboa

 


Mulheres Invisíveis, de Caroline Criado Perez

Ensaios Escolhidos, de George Orwell

Tchékhov na Vida, de Ígor Sukhikh

As Farpas, de Eça de Queirós

Balada da Praia dos Cães, de José Cardoso Pires

Bucareste-Budapeste — Budapeste-Bucareste, de Gonçalo M. Tavares

A Casa Assombrada, de Virginia Woolf

Diários e Cadernos, de Patricia Highsmith

A Sonata de Kreutzer, de Lev Tolstói

Debaixo do Vulcão, de Malcolm Lowry

Os Demónios, de Fiódor Dostoievski

Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas

Fausto, de J. W. Goethe

Folhas de Erva, de Walt Whitman

O Amante de Lady Chatterley, de D. H. Lawrence

Pais e Filhos, de Ivan Turguéniev

Vento, Areia e Amoras Bravas, de Agustina Bessa-Luís

O Príncipe Feliz, O Rouxinol e a Rosa, O Gigante Egoísta, de Oscar Wilde

17.6.25

Sobre As Sete Idades, de Louise Glück

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar à Feira do Livro de Lisboa e às livrarias: As Sete Idades, de Louise Glück (tradução de Inês Dias)


As Sete Idades é a nona colecção de poesia publicada por Louise Glück.

É considerado um dos livros mais arrojados e estranhos da poeta distinguida com o Prémio Nobel da Literatura 2020. Nestes poemas a autora encara a sua própria morte, desafiando e abraçando o inevitável. Esta antologia demonstra a sua apurada técnica, tratando-se de uma poesia segura de si e ao mesmo tempo esteticamente conseguida.


Mais informação sobre esta e outras obras de Louise Glück em https://www.relogiodagua.pt/autor/louise-gluck/

Sobre A Viúva e o Papagaio, de Virginia Woolf, com ilustrações de Julian Bell

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: A Viúva e o Papagaio, de Virginia Woolf, com ilustrações de Julian Bell (tradução de Manuel Alberto) (edição brochada)


Quando os jovens sobrinhos de Virginia Woolf, Quentin e Julian Bell, pediram à tia que contribuísse com uma história para o jornal da família, esperavam algo tão inovador quanto a própria tia. Mas ela trocou-lhes as voltas, escrevendo um conto vitoriano irónico com uma moral: a bondade com os animais — neste caso, um grande papagaio chamado James — pode trazer as recompensas mais inesperadas, como descobre uma pobre viúva após a morte do seu avarento irmão.

A história passa-se na década de 1870, na aldeia inglesa de Rodmell, onde Virginia Woolf viveu, e inspira-se nas características da paisagem local. O manuscrito de A Viúva e o Papagaio esteve escondido durante sessenta anos, e, quando Quentin Bell o redescobriu, percebeu pela primeira vez o humor subtil e o encanto que lhe tinham escapado em criança.

Esta versão foi ilustrada por Julian Bell, sobrinho-neto de Virginia Woolf, que vive também em Rodmell e pinta frequentemente as paisagens do Sussex.



Virginia Woolf (1882–1941) é uma das maiores escritoras da língua inglesa. É conhecida pelos seus romances Mrs. Dalloway, Rumo ao Farol e As Ondas, bem como pelo seu ensaio Um Quarto só para Si. É também autora de vários volumes de ensaios, cartas, diários, biografias, autobiografias e de uma coletânea de contos que inclui A Viúva e o Papagaio.


Julian Bell, nascido em 1952, é sobrinho-neto de Virginia Woolf. Estudou na Universidade de Oxford e na City & Guilds Art School, em Londres. Desde 1974 trabalha como artista independente. É casado, tem três filhos e vive na aldeia de Rodmell, no Sussex, em Inglaterra.


A Viúva e o Papagaio e outras obras de Virginia Woolf estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/virginia-woolf/

Sobre Paz ou Guerra, de Mikhail Shishkin

 Neste livro, Mikhail Shishkin argumenta que a Rússia não é um «enigma envolto num mistério, dentro de um mistério», mas que não sabemos o suficiente sobre o mais vasto país da Terra. Qual é então a verdadeira história por trás do regime autocrático de Putin e da invasão da Ucrânia?

Shishkin vai às origens dos problemas da Rússia, da «Rus de Kiev», passando pelo Grão-Principado de Moscovo, o império, a revolução e a Guerra Fria, à Federação Russa, com trinta anos de existência. O autor explora a relação conturbada entre o Estado e os cidadãos, explica as atitudes russas perante os direitos humanos e a democracia e propõe a existência de dois povos russos: os desiludidos e descontentes — que sofrem de uma «mentalidade de escravo» — e os que abraçam os valores «europeus» — e tentam resistir à opressão.

Paz ou Guerra é um relato de um Estado enredado num passado complexo e sangrento, mas também uma carta de amor a um país em conflito consigo mesmo. Continuará a Rússia no seu círculo vicioso de convulsões e autocracia ou encontrará o seu povo uma saída?


Paz ou Guerra — A Rússia e o Ocidente: Uma Abordagem (tradução de Ana Falcão Bastos, João Maria Lourenço e Larissa Shotropa) está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/paz-ou-guerra-a-russia-e-o-ocidente-uma-abordagem/

Sobre Um Bailarino na Batalha, de Hélia Correia

 «A tragédia em curso dos refugiados que tentam alcançar a Europa foi tematizada na melhor obra de arte literária que se terá publicado em Portugal em 2018 — Um Bailarino na Batalha, de Hélia Correia (Relógio d’Água). […] No livro de Hélia Correia havia (e há, felizmente) uma voz impessoal e solene e a metáfora fértil do deserto, cuja travessia intentam as personagens em busca de uma equívoca terra prometida, o foco da narrativa estando colocado do lado destas.» [Mário Santos, ípsilon, Público, 2/12/2020: https://www.publico.pt/2020/12/02/culturaipsilon/noticia/tropel-emocoes-1941437 ]


Um Bailarino na Batalha e outras obras de Hélia Correia estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/helia-correia/

Peter Sloterdijk, Samantha Rose Hill, Daniel Innerarity e Joana Bértholo no festival ESPANTO



Tem lugar em Cascais, entre 19 e 22 de Junho, o Festival Internacional de Filosofia — ESPANTO, que propõe este ano uma reflexão sobre o Medo. Nesta edição participam, entre outros, Peter Sloterdijk, Samantha Rose Hill, Daniel Innerarity e Joana Bértholo.

Mais informação em https://espanto.pt


As obras de Peter Sloterdijk, Samantha Rose Hill, Daniel Innerarity e Joana Bértholo editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt

Sobre O Retrato de Dorian Gray — Edição não Censurada, de Oscar Wilde

 Esta edição reproduz o texto original de O Retrato de Dorian Gray, enviado em Março ou Abril de 1890 por Oscar Wilde a J. M. Stoddart, director de uma revista literária de Filadélfia. Mas este publicou a novela que havia solicitado a Oscar Wilde depois de ter retirado algumas centenas de palavras com referências homossexuais e que, em sua opinião, poderiam ofender as susceptibilidades dos leitores. Recorde-se que, no final do século XIX, a homossexualidade era ostracizada e mesmo criminalizada tanto nos EUA como no Reino Unido e na generalidade dos países. Em 1891, ao preparar a edição em livro, o próprio Oscar Wilde decidiu ampliá-la com novos capítulos, mas excluiu ao mesmo tempo várias referências homoeróticas que haviam escapado à censura de Stoddart. Como é explicado na nota acerca do texto, de Paulo Faria, esta edição retoma o texto original, enviado para a Lippincott’s Monthly Magazine.


O Retrato de Dorian Gray — Edição não Censurada (trad. Margarida Vale de Gato revista por Paulo Faria) e outras obras de Oscar Wilde estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/oscar-wilde/

Livros do Dia 17 de Junho na Feira do Livro de Lisboa



A Arte de Ter sempre Razão, de Arthur Schopenhauer

China em Dez Palavras, de Yu Hua

A Interpretação dos Sonhos, de Sigmund Freud

Chuang Tse

Diário da Peste, de Gonçalo M. Tavares

O Retrato de Casamento, de Maggie O’Farrell

Pessoas Normais, de Sally Rooney

Querida Kitty, de Anne Frank

Margarita e o Mestre, de Mikhail Bulgákov

A Floresta Sombria, de Liu Cixin

David Copperfield, de Charles Dickens

Mansfield Park, de Jane Austen

A Gaivota, O Tio Vânia, Três Irmãs, O Ginjal, de Anton Tchékhov

Duzentos Poemas, de Emily Dickinson

Do Lado de Swan, de Marcel Proust

Os Sete Pilares da Sabedoria, de T. E. Lawrence

Contos, de Oscar Wilde

O Feiticeiro de Oz, L. Frank Baum