8.12.25

Sobre Marguerite Yourcenar — Liberdade e Paixão, de Cristina Carvalho

 Marguerite Yourcenar — Liberdade e Paixão, o novo romance biográfico de Cristina Carvalho, foi apresentado por Luísa Mellid-Franco no passado dia 28 de Novembro na Livraria Buchholz.


Tal como sucedeu com Selma Lagerlöf, Strindberg, Ingmar Bergman, Yeats e Paula Rego, a autora conhece bem a obra literária de Yourcenar e visitou os seus locais de vida, especialmente de infância e juventude.

Foi o caso da Flandres francesa, onde ficava a casa da família do seu pai, conhecida como Château do Mont Noir, para onde muito cedo Yourcenar foi viver (Bruxelas foi apenas o sítio onde nasceu).

Cristina Carvalho visitou também lugares como a aldeia de Saint-Jans-Cappel, onde existe atualmente o Museu Marguerite Yourcenar e onde falou com pessoas que a conheceram. Sempre em busca de uma inspiração que a aproximasse de Yourcenar, visitou também Lille, perto da fronteira com a Bélgica, conhecida como a capital da Flandres, onde existe uma pastelaria célebre muito frequentada pela autora de Memórias de Adriano, na qual se pode degustar as famosas gaufres que ela sempre apreciou.


Marguerite Yourcenar — Liberdade e Paixão e outras obras de Cristina Carvalho estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/cristina-carvalho/


As obras de Marguerite Yourcenar editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/marguerite-yourcenar/

Sobre Eu, Robô, de Isaac Asimov

 Publicado em 1950, Eu, Robô tornou-se um clássico da ficção científica.

Nesta obra, Isaac Asimov fala-nos do desenvolvimento dos robôs, começando com a relação entre um deles e uma rapariga que o trata como um companheiro de brincadeiras. Mas é aqui que enuncia aquelas que ainda hoje são consideradas as três leis fundamentais da robótica do ponto de vista humano. Essas normas são:

— um robô não pode ferir um ser humano ou permitir que ele sofra;

— um robô deve obedecer às ordens que lhe são dadas por seres humanos, exceto nos casos em que entram em conflito com a necessidade de não lhes causar qualquer mal;

— um robô deve proteger a sua própria existência, desde que não entre em conflito com as duas primeiras leis.


Eu, Robô, de Isaac Asimov (trad. Ana Marta Ramos), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/eu-robot-pre-venda/

Sobre Austerlitz, de W. G. Sebald

 Austerlitz, publicado em Fevereiro de 2001, foi o último romance escrito por W. G. Sebald, sendo considerado a sua obra principal.

O protagonista é um refugiado judeu e historiador da arquitectura cujos pais morreram no Holocausto, tendo sido adoptado ainda criança por um casal inglês e só descobrindo a sua identidade judaica na idade adulta.

Como escreve António Sousa Ribeiro no prefácio, o livro “toma como título o nome da personagem principal, cuja voz, que domina toda a narrativa, vai progressivamente reconstruindo a sua própria história, em fragmentos concêntricos que se vão adensando ao longo da narrativa”.


Austerlitz, de W. G. Sebald (tradução do alemão e prefácio de António Sousa Ribeiro), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/austerlitz/

7.12.25

Sobre Os Ensaios, de George Orwell

 «Orwell combateu as formas dominantes da mentira política contemporânea: a propaganda, da qual nunca nos libertámos, e a novilíngua, a que hoje sucumbimos. Por isso, o maior dos seus ensaios talvez seja “A Política e a Língua Inglesa” (1946). A intuição de que a decadência da linguagem e a decadência da política estão ligadas uma à outra é fácil de acompanhar; difícil era demonstrar, exemplificando, o que estava errado na política daquele tempo, em particular a política da esquerda daquele tempo, trazendo à luz as frases feitas, a sintaxe tortuosa, as metáforas mortas, os eufemismos desonestos. Consciente de que a maleabilidade da língua inglesa a predispõe para o sofisticado e o quotidiano, para a poesia e as manchetes de jornal, Orwell defendeu uma linguagem, quer dizer, uma política, de concisão e clareza, de palavras concretas e comuns. Ao contrário do que diziam os detractores, ele não “fazia o jogo” do inimigo: a linguagem de alguns amigos é que era o seu inimigo.» [Do Prefácio de Pedro Mexia]


Os Ensaios (trad. José Miguel Silva e Frederico Pedreira) e outras obras de George Orwell estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/george-orwell/

Sobre Candeia Coração, de Banu Mushtaq

 Vencedor do International Booker Prize 2025


Nos doze contos de Candeia Coração, Banu Mushtaq capta com mestria o quotidiano de mulheres e raparigas de comunidades muçulmanas do sul da Índia. Publicadas originalmente na língua canaresa entre 1990 e 2023, e elogiadas pelo seu humor subtil, estas representações das tensões familiares e comunitárias demonstram os muitos anos de trabalho de Mushtaq como jornalista e advogada, durante os quais defendeu os direitos das mulheres e se opôs a todas as formas de opressão de casta e religião.

Recorrendo a um estilo coloquial, comovente e implacável, é nas suas personagens — as crianças, as avós audaciosas, os maulvis e irmãos fanfarrões, os maridos frequentemente desastrados e, sobretudo, as mães, que a grande custo sobrevivem aos próprios sentimentos — que Mushtaq se revela uma observadora excecional da natureza humana, construindo vertigens emocionais a partir de uma poderosa linguagem oral.


«Este livro reconduz-nos aos grandes prazeres da leitura: uma narrativa sólida, personagens inesquecíveis, diálogos vivos, tensões latentes e surpresas constantes. De aparência simples, estas histórias transportam um enorme peso emocional, moral e sociopolítico, convidando-nos a olhar de forma mais profunda.» [Júri do International Booker Prize 2025]


«Intenso, fantasmagórico e inclassificável.» [Times Literary Supplement]


Candeia Coração, de Banu Mushtaq (tradução de Marta Mendonça), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/candeia-coracao-vencedor-international-booker-prize-2025/

Sobre Minha Ántonia, de Willa Cather

 Minha Ántonia é o mais importante romance de Willa Cather.

O narrador é Jim Burden, que nos fala de Ántonia, uma jovem mulher originária da Boémia, com quem tem uma relação entre o fraterno e o amoroso.

Mas o livro não é apenas o retrato de uma mulher. É também um fresco que evoca com cores nítidas os imigrantes que lutam contra um solo difícil, que têm de lidar com cavalos e lobos que vivem em liberdade na incomparável planície do Nebrasca.

O mundo de que nos fala é intenso, belo e muitas vezes trágico.

Willa Cather é uma pioneira da literatura dos grandes espaços, retomada mais tarde por escritores como Jim Harrison e Cormac McCarthy.


«Nenhuma narrativa romântica escrita na América, por um homem ou uma mulher, alcança metade da beleza de Minha Ántonia.» [H. L. Mencken]


Minha Ántonia (trad. Marta Mendonça) e outras obras de Willa Cather estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/willa-cather/

O Imperador da Alegria, O Lago da Criação e Intermezzo nomeados para o Dublin Literary Award



O Imperador da Alegria, de Ocean Vuong, O Lago da Criação, de Rachel Kushner, e Intermezzo, de Sally Rooney, estão entre os 69 semifinalistas do Dublin Literary Award 2026, escolhidos por 80 bibliotecas de 36 países.

A obra vencedora em 2024 foi Marzahn, mon amour, de Katja Oskamp, editada pela Relógio D’Água.

Mais informação em https://dublinliteraryaward.ie/the-library/prize-years/2026/


O Imperador da Alegria e outras obras de Ocean Vuong estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/ocean-vuong/


Intermezzo (tradução de Marta Mendonça) e outras obras de Sally Rooney estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/sally-rooney/


O Lago da Criação (tradução de Manuel Alberto Vieira) e outras obras de Rachel Kushner estão disponíveis em: https://www.relogiodagua.pt/autor/rachel-kushner/