8.1.24

José Gil em entrevista a António Guerreiro

 



José Gil em entrevista a António Guerreiro, no Ípsilon de 5 de Janeiro, a propósito do seu mais recente livro, Morte e Democracia.


«— Este é um estranho e inesperado livro. E a sua estranheza começa logo no título, que justapõe duas palavras, “morte” e “democracia”, que associamos a ordens heterogéneas. Além disso, foram os fascismos e não os regimes democráticos que criaram uma “religião da morte”.


— É certamente paradoxal. Simplesmente, o que vi durante a pandemia e depois a guerra na Ucrânia provocaram-me a necessidade de ligar a maneira como se tratavam os mortos a um sistema de poder e a uma guerra. Foi isso que me levou a querer articular a morte e a democracia. Mas estou de acordo consigo, este livro pode parecer misterioso, mas há aqui qualquer coisa que está indicada e que não pude desenvolver. Tiraria um bocadinho do seu mistério mostrar qual é a passagem entre aquilo a que chamo a experiência da morte e que tem uma expressão “lógica” a que chamo disjunção assimétrica, o que significa que entre a vida e a morte não há simetria, da morte nada podemos dizer, e o “nada podemos dizer” é a morte da linguagem.»

[José Gil em entrevista a António Guerreiro, Ípsilon, Público, 5/1/2024: https://www.publico.pt/2024/01/03/culturaipsilon/entrevista/jose-gil-democracias-liberais-chegaram-especie-limite-2075423]


Morte e Democracia e outras obras de José Gil estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jose-gil/

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