15.12.25

Sobre A Fórmula Preferida do Professor, de Yoko Ogawa

 A Fórmula Preferida do Professor, de Yoko Ogawa, é uma história sobre o significado de viver o presente e sobre as equações que podem criar uma família.


Ele é um brilhante professor de matemática com um problema peculiar: desde que sofreu uma lesão cerebral, vive com apenas oitenta minutos de memória de curto prazo. Ela é uma jovem empregada doméstica, perspicaz, com um filho de dez anos, contratada para cuidar dele.

Todas as manhãs, quando o professor e a empregada se conhecem novamente, uma relação estranha e bela floresce. Embora ele não consiga reter memórias por muito tempo (o seu cérebro é como uma gravação que começa a apagar-se a cada oitenta minutos), a sua mente continua viva com elegantes equações do passado; e os números, com a sua ordem articulada, revelam um mundo poético e acolhedor à empregada como ao seu filho.


«Altamente original. Infinitamente encantador. Profundamente comovente.» [Paul Auster]


«Um daqueles livros escritos com uma linguagem tão límpida e despretensiosa que lê-lo é como olhar para um lago profundo de águas transparentes. Mas mesmo nas águas mais claras podem esconder-se correntes que só se revelam quando nelas mergulhamos. E mergulhar no mundo de Yoko Ogawa é deixarmo-nos levar por forças que se sentem mais do que se veem.» [The New York Times Book Review]


«A Fórmula Preferida do Professor é estranhamente encantador, salpicado de humor e mistério que nos mantêm envolvidos do princípio ao fim.» [Ron Charles, The Washington Post]


A Fórmula Preferida do Professor (tradução de Miguel Serras Pereira) e A Polícia da Memória (tradução de Inês Dias) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/yoko-ogawa/

Sobre a Canção do Profeta, de Paul Lynch

 Numa noite escura e chuvosa em Dublin, a cientista e mãe de quatro filhos Eilish Stack abre a porta de sua casa e depara-se com dois oficiais da recém-formada polícia secreta da Irlanda que pretendem interrogar o seu marido, um sindicalista. Depois do marido, também o seu filho mais velho desaparece.

A Irlanda está a desmoronar-se. O país está sob o domínio de um governo que se inclina para a tirania e Eilish só pode assistir impotente enquanto o mundo que conhecia desaparece.

Até onde irá ela para salvar a sua família? E o que — ou quem — está disposta a deixar para trás para o conseguir?


«O júri do Booker Prize escolheu o livro mais oportuno e relevante da lista.» [The Guardian]


«Nenhum livro me abalava tão intensamente há muitos anos… As comparações são inevitáveis — Saramago, Orwell, McCarthy —, mas este romance ocupará o seu lugar próprio.» [Colum McCann]


«Um dos romances mais importantes desta década.» [Ron Rash]


A edição de Canção do Profeta foi publicada com o apoio da @LiteratureIreland

Canção do Profeta (tradução de Marta Mendonça) está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/cancao-do-profeta-premio-booker-2023/

Sobre A Canção da Árvore, de Coralie Bickford-Smith

 “Maravilhoso, poético… fala da importância do abrigo e do seu poder de incentivar a confiança e a tolerância, bem como de capacitar o desenvolvimento e a independência.” [Julia Eccleshare]


“Cada página parece viva. As estrelas da noite e os pirilampos brilham.” [Observer]


“Emocionante... uma celebração do mundo ao nosso redor, no momento em que mais precisamos.” [Creative Review]


“Uma fábula comovente... uma obra-prima, cada página é um sumptuoso festim de cores.” [Financial Times]


A Canção da Árvore e outras obras de Coralie Bickford-Smith (tradução de Inês Dias) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/coralie-bickford-smith/

14.12.25

Sobre Topologia da Violência, de Byung-Chul Han

 A violência é uma constante da vida humana. Mas as suas formas variam de acordo com a evolução das sociedades.

Hoje em dia ainda há bastante violência aberta. Mas, em muitos aspetos, a violência passou de visível a invisível, de direta a mediada, de real a virtual, de física a psíquica, de negativa a positiva. Retirou-se para espaços menos comunicativos, de tal modo que dá a impressão de que quase desapareceu.

No essencial, verifica-se uma transformação topológica da violência na atual sociedade, que Byung-Chul Han tem caracterizado como sociedade do cansaço e da transparência.


Topologia da Violência (trad. Miguel Serras Pereira) e outras obras de Byung-Chul Han estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/byung-chul-han/

Sobre O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas

Para Umberto Eco, e muitos outros leitores e críticos, O Conde de Monte Cristo «é um dos mais apaixonantes romances alguma vez escritos».

O livro é a história de Edmond Dantès, jovem capitão da marinha mercante, que uma infame conjura lança nas masmorras do Castelo de If e a quem a descoberta de um tesouro permitirá alcançar a riqueza e fazer justiça.

É uma narrativa sobre o poder e o dinheiro que nos leva de Marselha à ilha de Monte Cristo, depois a Roma e a Paris, nos anos 1830, onde reinam os banqueiros e homens de negócios.

É também a história de uma vingança implacável, nascida das ruínas de um amor destruído, a vida de uma personagem generosa e irresistível, que conquista a atenção do público há mais de século e meio.


O Conde de Monte Cristo (trad. Alexandra Maria Matos de Amaral Maria Ribeiro, Rute Mota) e Os Três Mosqueteiros (trad. José Cláudio e Júlia Ferreira), de Alexandre Dumas, estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/alexandre-dumas/

Sobre A Gaia Ciência, de Friedrich Nietzsche

 «O que A Gaia Ciência precisamente testemunha é uma reconstrução, ainda que em muitos pontos titubeante, de uma filosofia, da possibilidade de uma filosofia. É claro que devemos entender por este termo algo que se reconhece como um discurso que procura a verdade, a unidade, a hierarquia dos conceitos ou a direcção da história, verdadeiramente relevante. A Gaia Ciência será o primeiro livro de Nietzsche em que ele confirma perante si mesmo que essa filosofia é possível. Como? Em nossa opinião, pela constituição de um tipo ou individualidade que integra aquelas forças que perderam o solo ou fundamento em que viviam e, por assim dizer, readquiriram um estatuto esquecido ou ocultado. Por exemplo, e retomaremos este tema, o conhecimento consciente é um resultado da necessidade de comunicação (§ 354) e não da utilização de conceitos que todos reconhecerão como válidos.» [Do Prefácio de António Marques]


A Gaia Ciência (trad. de Maria Helena Rodrigues de Carvalho, Maria Leopoldina de Almeida e Maria Encarnação Casquinho) e outras obras de Friedrich Nietzsche estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/friedrich-nietzsche/

Sobre Contos, de Anton Tchékhov

 «Tchékhov escrevia livros tristes para pessoas alegres; quero dizer com isto que só um leitor com sentido de humor será capaz de sentir a fundo a tristeza deles. Há escritores que emitem um som intermédio entre o riso abafado e o bocejo — muitos deles, a propósito, são humoristas profissionais. A outros, por exemplo a Dickens, sai uma coisa intermédia da risada e do soluço. Existe também uma variedade horrível de humor utilizada de propósito pelo autor para dar um escape puramente técnico depois de uma tempestuosa cena trágica, mas o truque nada tem que ver com a verdadeira literatura. O humor de Tchékhov é alheio a isso tudo; é um humor puramente tchekhoviano. O mundo, para ele, é cómico e triste ao mesmo tempo, e sem repararmos na sua comicidade não compreenderemos a sua tristeza, porque são inseparáveis.» [Do Prefácio de Vladimir Nabokov]


Contos — Volume I (trad. Nina Guerra e Filipe Guerra) e outras obras de Anton Tchékhov estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/anton-tchekhov/

13.12.25

Sobre O Tempo É Uma Mãe, de Ocean Vuong

 Neste livro de poemas, Ocean Vuong procura o significado da vida por entre os destroços deixados pela morte da mãe, refletindo sobre o paradoxo de permanecermos sentados com mágoa ao mesmo tempo que procuramos a determinação necessária para a ultrapassar. Mergulhando em memórias, e em sintonia com os temas de Na Terra Somos brevemente Magníficos, Vuong debruça-se sobre a perda, o significado da família e o custo de ser um produto resultante de uma guerra na América.

O resultado é uma abordagem inovadora e corajosa, tanto em relação à linguagem como à forma, que ilumina os principais temas que hoje nos atormentam.


“Um livro terno e corajoso, que partilha os temas do seu romance Na Terra Somos brevemente Magníficos.” [TIME]


“Demora-te nestes poemas, e regressa a eles com frequência.” [The Washington Post]


O Tempo É Uma Mãe (tradução de Frederico Pedreira) e O Imperador da Alegria e Na Terra Somos brevemente Magníficos (traduções de Inês Dias) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/ocean-vuong/

Sobre Livro da Doença, de Djaimilia Pereira de Almeida

 “No momento em que morreu, Joaquim escrevia um livro que nunca me mostrou. Meu pai, meu estranho. Ouvi falar da sua obra inacabada desde criança. Onde guardar a dança da mão direita do escritor, enquanto projectou o romance, toda a vida adulta, o pontilhado de gestos abortados, os rascunhos fantasma, tentativas, planos, ou seriam sonhos, a energia despendida, o fogo de que irradiavam ideias que jamais viram a luz? O que restou foi o vazio. Mas talvez o vazio seja um lugar — uma cidade — repleto de avenidas.”


Livro composto de vários livros, finais e andamentos, Livro da Doença tem na sombra um livro inacabado e nunca lido por Djaimilia Pereira de Almeida, à volta do qual se constitui uma elegia pelas várias mortes e nascimentos da imaginação. O livro foi distinguido com o Prémio Literário Fernando Namora 2025.


Livro da Doença e outras obras de Djaimilia Pereira de Almeida estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/djaimilia-pereira-de-almeida/

Sobre O Lórax, de Dr. Seuss

 “Sou o Lórax. Venho aqui falar em nome das árvores.”


Esta história ensina as crianças a tratar o planeta com bondade e a defender os outros. Fala-nos da beleza das Trufleiras e do perigo de tomar o nosso planeta por garantido, numa história oportuna, divertida e cheia de esperança, que nas últimas páginas nos mostra como uma pequena semente — ou uma criança — pode fazer a diferença.


É o presente perfeito para qualquer criança — ou adulto com alma de criança — com interesse em reciclagem e no meio ambiente, ou que simplesmente ame a natureza e goste de brincar ao ar livre.


“A não ser que alguém assim tenha cuidado e empenho, nada vai ficar melhor.”


O Lórax e outras obras de Dr. Seuss (traduções de Maria Eduarda Cardoso) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/dr-seuss/

12.12.25

Sobre Coração, Cabeça e Estômago, de Camilo Castelo Branco

 Na encruzilhada entre o romantismo e a ironia, Coração, Cabeça e Estômago é o retrato de um homem dividido entre o que sente, o que pensa e o que come. Narrado em tom de memórias póstumas, este romance traça a vida de Silvestre da Silva, um herói ridículo e comovente, constantemente vencido pelas suas paixões, fantasias e fragilidades. Camilo Castelo Branco assina aqui uma das suas obras mais originais, desmontando as ilusões do amor, da razão e da vaidade humana através da melancolia e do humor.


Coração, Cabeça e Estômago e outras obras de Camilo Castelo Branco estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/camilo-castelo-branco/

Sobre Candeia Coração, de Banu Mushtaq

 Vencedor do International Booker Prize 2025


Nos doze contos de Candeia Coração, Banu Mushtaq capta com mestria o quotidiano de mulheres e raparigas de comunidades muçulmanas do sul da Índia. Publicadas originalmente na língua canaresa entre 1990 e 2023, e elogiadas pelo seu humor subtil, estas representações das tensões familiares e comunitárias demonstram os muitos anos de trabalho de Mushtaq como jornalista e advogada, durante os quais defendeu os direitos das mulheres e se opôs a todas as formas de opressão de casta e religião.

Recorrendo a um estilo coloquial, comovente e implacável, é nas suas personagens — as crianças, as avós audaciosas, os maulvis e irmãos fanfarrões, os maridos frequentemente desastrados e, sobretudo, as mães, que a grande custo sobrevivem aos próprios sentimentos — que Mushtaq se revela uma observadora excecional da natureza humana, construindo vertigens emocionais a partir de uma poderosa linguagem oral.


«Este livro reconduz-nos aos grandes prazeres da leitura: uma narrativa sólida, personagens inesquecíveis, diálogos vivos, tensões latentes e surpresas constantes. De aparência simples, estas histórias transportam um enorme peso emocional, moral e sociopolítico, convidando-nos a olhar de forma mais profunda.» [Júri do International Booker Prize 2025]


«Intenso, fantasmagórico e inclassificável.» [Times Literary Supplement]


Candeia Coração, de Banu Mushtaq (tradução de Marta Mendonça), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/candeia-coracao-vencedor-international-booker-prize-2025/

De «O Natal para Mim», de Harper Lee

 O melhor presente de Natal para Harper Lee


«Para uma sulista deslocada, o Natal em Nova Iorque pode representar um momento melancólico, não porque a atmosfera seja diferente para quem está longe de casa, mas porque é familiar: os nova‑iorquinos às compras demonstram a mesma compenetração focada dos pachorrentos sulistas; as bandas do Exército de Salvação e os cânticos de Natal são iguais em todo o mundo: nesta época do ano, as ruas molhadas de Nova Iorque brilham com a mesma chuvinha molha‑tolos que ensopa os campos invernais do Alabama. […]

Em Nova Iorque, costumava passar o dia, ou o que sobrasse do dia, com os meus amigos mais próximos, de Manhattan. […]

Os Natais que passávamos juntos eram simples. Limitávamos os presentes a coisas baratinhas e a uma espécie de competição. Quem é que conseguiria encontrar as prendas mais extravagantes pelo menor preço? O verdadeiro Natal era para as crianças, uma ideia que eu considerava absolutamente aceitável, porque há muito deixara de especular sobre o significado do Natal enquanto algo mais do que um dia dedicado às crianças. O Natal para mim era só uma memória de antigos amores e salas vazias, algo que enterrara juntamente com o passado e que estava sujeito a uma vaga e dolorosa ressurreição uma vez por ano.

Houve, no entanto, um Natal que foi diferente. Eu tive sorte.» [De «O Natal para Mim», in A Terra da Eternidade Radiosa, de Harper Lee, tradução de José Mário Silva]


A Terra da Eternidade Radiosa e outras obras de Harper Lee estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/harper-lee/

Sobre Um Cântico de Natal, de Charles Dickens

 Um Cântico de Natal (1843) é talvez o mais dickensiano dos contos. 

É que só Charles Dickens poderia, a propósito do Natal, criar personagens como Scrooge, o pequeno Tim, e os três Espíritos Natalícios, Passado, Presente e Futuro, e acrescentar-lhes o Fantasma de Marley.

Este livro tem passado de geração em geração, acompanhado do desejo do autor de que «assombre as casas dos leitores de forma agradável, e que ninguém deseje apaziguá-lo».


Um Cântico de Natal (trad. Alexandra Aragão) e outras obras de Charles Dickens estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/charles-dickens/

Sobre A Abadia de Northanger, de Jane Austen

 «A Abadia de Northanger foi provavelmente o primeiro romance de Jane Austen a ficar concluído para publicação. Segundo Cassandra, a sua irmã mais velha, o romance, originalmente intitulado Memorandum, Susan, foi escrito em 1798-99, mas revisto pela autora em 1803 (…).

O livro começa com a frase “Quem tivesse visto Catherine Morland em criança nunca poderia supor que nascera para heroína”, e ela é certamente uma heroína muito invulgar para um romance de Jane Austen. Todas as outras são inteligentes e a sua perceção da vida e experiência são muito distintas da simplicidade ingénua de Catherine. Quando a narrativa começa, ela tem dezassete anos e é um dos dez filhos de um clérigo rural razoavelmente independente, com o rendimento de dois bons benefícios. A sua mãe é uma mulher de “bom senso prático”, de bom humor e forte constituição, o que certamente lhe é útil, com dez filhos para criar e as raparigas para educar em casa. Catherine não é bonita, apesar de, ao chegar aos quinze anos, os pais verem o princípio de uma mudança favorável.» [Do Posfácio de P. D. James]


A Abadia de Northanger (trad. Madalena Donas‑Botto) e outras obras de Jane Austen estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jane-austen/

Sobre A Amiga Genial, de Mara Cerri e Chiara Lagani, a partir do romance de Elena Ferrante

 Esta é a história da amizade entre Raffaella Cerullo e Elena Greco, Lila e Lenù.

Uma ligação indissolúvel que surge entre duas raparigas que dão as mãos num bairro miserável da periferia de Nápoles, nos anos 1950, e percorre toda a sua vida.

A relação acaba num desaparecimento, uma tentativa desesperada de perderem o rasto uma da outra.

É uma sugestiva viagem pelo imaginário do romance que cativou leitores de todo o mundo, através de sensibilidade artística de Mara Cerri, uma das melhores ilustradoras contemporâneas, e da sabedoria narrativa de Chiara Lagani, dramaturga e intérprete da companhia teatral Fanny & Alexander.

Uma transposição apaixonante, preservando as potencialidades expressivas da linguagem da banda desenhada, o que ilumina com novas perspetivas o romance mais icónico de Elena Ferrante.


A Amiga Genial, de Mara Cerri e Chiara Lagani, a partir do romance de Elena Ferrante (tradução de Margarida Periquito), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/a-amiga-genial-o-romance-grafico/


Outras obras de Elena Ferrante estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/elena-ferrante/

Sobre Coração das Trevas, de Joseph Conrad, Luc Brahy e Cyril Saint-Blancat

 Agora em adaptação gráfica, o romance de culto de Joseph Conrad que inspirou o filme Apocalypse Now.


Charles Marlow, um jovem capitão da marinha britânica, é encarregado de encontrar um traficante de marfim chamado Kurtz. Esse homem, tão temido quanto admirado, desapareceu misteriosamente na selva africana, deixando atrás de si um rasto de rumores inquietantes, e o que deveria ser uma simples viagem torna-se um confronto com o desconhecido. Uma pergunta persegue Marlow: e se as verdadeiras trevas não forem as da selva, mas as da alma humana?


Mais informação em https://www.relogiodagua.pt/produto/coracao-das-trevas/


Coração das Trevas, de Joseph Conrad, Luc Brahy (adaptação e ilustração) e Cyril Saint-Blancat (cores), com tradução de Margarida Madeira e outras obras de Joseph Conrad estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/joseph-conrad/

11.12.25

Sobre O Fim dos Estados Unidos da América, de Gonçalo M. Tavares

 O Fim dos Estados Unidos da América é uma epopeia, satírica e distópica, que começa com a enigmática entrada da peste nos Estados Unidos da América.

Ted Trash, fascista, extremista de direita, e Left Wing, extremista de esquerda, serão os responsáveis por uma segunda guerra civil no país. Pobres e ricos terão problemas entre si, e não serão poucos. 

No meio disto está Bloom, o herói da epopeia, que terá um destino terrível, mas tentará, até ao fim, salvar a América, tendo sempre na cabeça a imagem de uma bela mulher, a mexicana La Rosa, que um dia conheceu num estádio. 


São várias as personagens desta epopeia. Johnston Bonne, engenheiro informático, maluco em absoluto, anarquista, tentará com processos alquímicos, e alguns fumos e festas exuberantes, ajudar o país. Jonathan & Mary, ativistas, no meio de tendas e algum nudismo, tentarão até à última lutar pelas suas utopias. Tirésias, profeta cego, fará oráculos decisivos. O Dr. Robert, cientista, amigo de Bloom, tentará, com o seu racionalismo, e por vezes com Deus a ser chamado, uma solução. James, o coveiro, exercerá a sua função de forma exemplar, e Mack Morris, um adorador de nuvens, andará por lá, nem sempre a olhar para cima. Moscas tsé-tsé, borboletas e búfalos entrarão também, com diferentes papéis, nesta epopeia. Esta é uma tragédia greco-americana. Pensamentos e ações, se os Deuses quiserem, estarão, portanto, presentes.


O Fim dos Estados Unidos da América é um novo centro no percurso de Gonçalo M. Tavares. Esta e outras obras do autor estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

Sobre Carol ou o Preço do Sal, de Patricia Highsmith

 «Trata-se da história de amor entre Therese Belivet, uma jovem mulher de 19 anos, aprendiza de cenógrafa, e Carol Aird, uma mulher mais velha, casada e com uma filha. No início do romance, Carol encontra-se em fase de divórcio e Therese tem um namorado, Richard, por quem não está apaixonada. Após um breve encontro nuns armazéns de Nova Iorque, onde Therese trabalha temporariamente como vendedora, a ligação entre as duas mulheres vai-se desenvolvendo, culminando numa relação amorosa, no decurso de uma viagem pelos Estados Unidos.» [Da Nota de Leitura de Ana Luísa Amaral]


Carol ou o Preço do Sal (trad. Ana Luísa Amaral) e outras obras de Patricia Highsmith estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/patricia-highsmith/

Sobre Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf

 Publicado em 1925, Mrs. Dalloway é o primeiro dos romances de Virginia Woolf que subverte a narrativa tradicional.

O título inicial do livro era As Horas, uma referência ao tempo em que a ação decorre.

A I Grande Guerra terminou, o calor do verão invade Londres, e Clarissa, Mrs. Dalloway, prepara-se para dar uma das suas festas. Mas quando a noite se aproxima, a chegada de Peter Walsh, o seu primeiro amor regressado da Índia, vai despertar o passado, trazendo-lhe à memória os sonhos adolescentes e a discussão que muitos anos antes a precipitou num casamento sem fulgor.

De súbito, Clarissa tem consciência da força da vida em seu redor, de Peter inalterado e contudo diverso, e da sua filha Elizabeth, que se está a tornar uma mulher.

Virginia Woolf expõe assim diferentes modos de sentir, evocando, mais do que o espírito do tempo, o espírito da própria vida no olhar de cada personagem.

Mas a originalidade maior do livro vem dessa espécie de duplo de Mrs. Dalloway, Septimus Warren Smith, enlouquecendo em silêncio com o trauma da guerra e com quem Clarissa parece partilhar uma mesma consciência.


Mrs. Dalloway (trad. José Miguel Silva) e outras obras de Virginia Woolf estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/virginia-woolf/

Sobre Mr Fox, de Helen Oyeyemi

 É uma tarde soalheira de 1938, e Mary Foxe está com um humor agressivo. St John Fox, um romancista célebre, já não a vê há seis anos. Por isso, não está preparado para a tarde em que ela o visita, mais não seja porque ela não existe. Está apaixonado por ela. Mas foi ele que a inventou.

“És um patife”, diz-lhe ela. “Um assassino em série… Estás a entender?”

Estará Mr Fox à altura do desafio da sua musa? Conseguirá deixar de assassinar as suas heroínas e explorar algo mais próximo do amor? O que irá a sua esposa Daphne pensar dessa súbita mudança no seu marido? Poderá desta vez existir um final feliz?


«As personagens de Oyeyemi quase dançam nas páginas dos seus livros. Este é o seu melhor romance até à data.» [Independent on Sunday]


«Não é apenas um romance profundamente imaginativo. Está repleto de inteligência e sabedoria. O seu melhor livro até hoje.» [Metro]


«Cómico, profundo, chocante, complexo e emotivo.» [Guardian]


Mr Fox (trad. de Ana Falcão Bastos) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/mr-fox/

Sobre Kairos, de Jenny Erpenbeck

 Berlim. 11 de Julho de 1986. Encontram-se por acaso num autocarro. Ela é uma jovem estudante. Ele é mais velho e casado. Nasce uma atracção súbita e intensa, alimentada por uma paixão partilhada pela música e pela arte e intensificada pelo secretismo que precisam de manter. Mas, quando ela se afasta por uma única noite, ele não lhe consegue perdoar. Uma fissura surge entre os dois, abrindo espaço para a crueldade, a punição e o exercício do poder.

Entretanto, o mundo em redor está a mudar. À medida que a RDA começa a ruir, também as velhas certezas e lealdades se desfazem, anunciando uma nova era cujas conquistas trazem consigo uma perda profunda.

Um relato íntimo e devastador do caminho de dois amantes pelos escombros de uma relação, num dos períodos mais turbulentos da história europeia.


Kairos reforça a convicção de que Erpenbeck é uma aposta segura para um futuro Prémio Nobel.” [The Guardian]


“Erpenbeck está entre os romancistas mais sofisticados e poderosos que temos. Não surpreende que já seja considerada uma futura nobelizável.”

[The New York Times]


“Adorei a relação amorosa condenada ao fracasso em Kairos, de Jenny Erpenbeck.”

[Zadie Smith]


“O final deste livro é como uma bomba lançada dentro dum quarto — e atordoa-nos durante semanas.” [Neel Mukherjee]


Kairos e Visitação (traduções de António Sousa Ribeiro) e Eu Vou, Tu Vais, Ele Vai (tradução de Ana Falcão Bastos) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/jenny-erpenbeck/